O MUNDO, UNIDO,
JAMAIS SERÁ VENCIDO: A COBERTURA IMAGÉTICA DA GUERRA DO GOLFO NA IMPRENSA
PORTUGUESA DE GRANDE EXPANSÃO
Jorge Pedro Sousa[1],
Universidade Fernando Pessoa
1. Introdução
Quarta-feira, 16 de Janeiro de 1991. 16h30. Nas bases sauditas onde estão estacionadas as forças norte-americanas é dada ordem para o início da operação Tempestade no Deserto, destinada a libertar o Koweit, então na posse das tropas iraquianas do Presidente Saddam Hussein. Este, apesar das sucessivas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas[2] e das sanções impostas pela organização, não deu ordem de retirada ao seu exército. Chegava, finalmente, a hora dos 605 mil homens e mulheres da força multinacional enfrentarem os 504 mil soldados iraquianos que se presumia estarem estacionados nas posições defensivas montadas pela máquina de guerra do Iraque (ver: Sousa, 1992). Saddam Hussein tinha, provavelmente, cometido um erro, ao desprezar a ameaça “americana” (aliada) de libertação do Koweit através do uso da força, opção legitimada pelo Conselho de Segurança da ONU.
A ofensiva terrestre é lançada a 24 de Fevereiro. Em 48 horas, os aliados atingem Koweit City. Saddam acentua a articulação que quer estabelecer entre a religião e a guerra, exortando as tropas a expulsar os “novos cruzados” e apelando à jihad, a guerra santificada ou “justa” dos muçulmanos, procurando confundir política com religião, tanto quanto tinha tentado colar a causa palestiniana e o sentimento árabe anti-israelita à causa iraquiana. Dia 26, Hussein ordena a retirada incondicional das suas tropas do Koweit, mas reclama vitória e continua a disparar mísseis, dois contra Israel e um contra uma caserna militar americana na Arábia Saudita, que provoca dezenas de mortos, que os jornalistas são impedidos de filmar ou fotografar. Os iraquianos, que abandonam o Koweit numa imensa caravana automóvel, são surpreendidos na “auto-estrada da morte” por um bombardeamento aliado que pode ter provocado dezenas de vítimas[3]. A 28 de Fevereiro, Bush anuncia o cessar-fogo e declara a derrota de Hussein, que aceita o clausulado da resolução 678 do Conselho de Segurança da ONU. Mas Saddam não se considera derrotado. Pelo contrário, declara-se vencedor, argumentando que, durante o período de ocupação, o Koweit não tinha sido mais do que uma província iraquiana, de acordo com a alegada legitimidade histórica e a ideologia pan-arabista.
Quando o conflito irrompeu, pensava-se que a comunicação social se encontrava a postos. No final do conflito, chegou-se à conclusão de que se soube menos sobre a Guerra do Golfo do que sobre qualquer outra guerra moderna precedente (Katz, 1992: 9; para exemplos de quanto se desconhece sobre a Guerra do Golfo, consultar, a título exemplificativo: Sousa, 1992).
No início do conflito, prometia-se a guerra em directo nos ecrãs de televisão, uma cobertura tão exaustiva como nunca tinha sucedido. A CNN, por exemplo, preparou-se para estar em directo a partir de vários pontos do Globo, de Bagdad a Washington, e foi ela que, verdadeiramente, anunciou à aldeia global, unida pela televisão mundializada, o início da Guerra do Golfo. Porém, a anunciada guerra em directo ficou muito longe das expectativas criadas. Parafraseando Katz (1992: 5), “toda a gente” viu o mesmo do muito pouco que houve para ver da Guerra do Golfo. E o pouco que houve para ver não foi mais do que uma mão pouco cheia de aspectos de uma Guerra que os repórteres e especialistas convidados, frequentemente militares, diziam estar em marcha, numa progressão emotiva de eventos, frequentemente mediáticos, susceptível de atrair audiências (Katz, 1992: 8).
A cobertura jornalística do conflito veio, assim, a ser significativamente criticada, especialmente depois da euforia ter passado. Várias vozes se ergueram contra a ausência de contexto, recuo, edição efectivamente jornalística da informação e, principalmente, contra os perigos de manipulação dos jornalistas e do público, provocados, sobretudo, pelo directo televisivo multilocalizado e em contínuo, durante o qual se recuperou, com sucesso propagandístico, o enquadramento de sentido (frame) da Segunda Guerra Mundial (v.g.: Katz, 1992; Sousa, 1992; Woodrow, 1991). Deste modo, transformou-se a Guerra do Golfo, conforme salienta Katz (1992: 6), num conflito do bem contra o mal, em que Saddam foi comparado a Hitler e em que os curdos gaseados pelas tropas iraquianas foram comparados aos judeus assassinados nos campos da morte pelas SS. Várias vozes se ergueram ainda contra as meias-verdades propagandeadas pelos militares e políticos beligerantes e engolidas como verdades totais por alguns jornalistas e algum público (como a meia-verdade segundo a qual a guerra era cirúrgica, quando a maioria das bombas caídas sobre o Iraque era gravitacional, tal e qual como as da Segunda Guerra Mundial); várias vozes se ergueram igualmente contra a censura que constrange os “direitos” a ver e a saber, contra o funcionamento em pools e também contra a “intoxicação”, provocada, sobretudo, pela difusão jornalística das imagens fornecidas pelos militares, sem qualquer recuo, edição ou contrastação de fontes e informações; várias vozes se ergueram também contra os simulacros, fossem eles, entre outros, os simulacros das imagens vídeo ou os simulacros dos debates, como opor um general da força aérea a um da infantaria em vez de um pacifista a um intervencionista. (ver, por exemplo: Katz, 1992; Sousa, 1992; Woodrow, 1991) Chamou-se a esta guerra, em que virtual e real se fundiram frequentemente nos ecrãs de televisão e até, por que não, na rádio e na imprensa, a esta guerra em directo sem o ser, a esta guerra de simulacros, a esta guerra travada não apenas no terreno mas também nos ecrãs de TV, a esta guerra travada mundialmente em torno das imagens que os media construíam dela mesma, a esta guerra onde as novas tecnologias militares são, em parte, as novas tecnologias da informação e da comunicação, a esta guerra onde acontecimento e recepção por vezes quase coincidem, a primeira guerra pós-moderna (Virilio, 1992; Perniola, 1991; Cádima, 1991; Orihuela, 1991).
Em consonância com o exposto, este trabalho tem por objectivo avaliar a forma como a imprensa portuguesa de grande expansão tratou imageticamente o conflito do Golfo, entre 17 de Janeiro e 28 de Fevereiro de 1991 (período estendido até 2 de Março nos semanários). Tentei testar, principalmente, as seguintes hipóteses:
1) Tendo sido a Guerra do Golfo, em grande medida, uma guerra de imagens e, sobretudo, uma guerra de imagens na TV (ver, por exemplo: Sousa, 1992; Cádima, 1991; Woodrow, 1991), ponho por hipótese que a imprensa se ressentiu dessa contingência, tendo usado relevantemente a imagem para fazer passar a informação;
2) Secundariamente, ponho também por hipótese que, face não só aos constrangimentos impostos pelos beligerantes à movimentação dos jornalistas (ver, por exemplo: Sousa, 1992; Ledo Andión, 1993) mas também às novas tecnologias que permitem e incentivam o jornalismo infográfico (ver, por exemplo: Ledo Andión, 1993), a imprensa tenha recorrido relevantemente, por um lado, a imagens extraídas dos ecrãs de televisão e, por outro lado, ao jornalismo infográfico.
Procurei, igualmente, averiguar o grau de dependência que a imprensa portuguesa sentiu de produtores e fornecedores de conteúdos imagéticos sobre a Guerra do Golfo (com todos os problemas que tal facto pode potencialmente acarretar, nomeadamente quando a informação tem origem em agentes interessados, neste caso, sobretudo políticos e militares). Tive também por objectivo verificar se existiram enviusamentos na cobertura jornalística imagética que a imprensa portuguesa fez do conflito, que tenham tornado essa cobertura mais ou menos favorável a um dos lados em confronto, embora seja sempre de esperar a existência de desvios, mesmo que não intencionais (bias). Um outro desiderato do presente trabalho consistiu em procurar saber se o público foi advertido das circunstâncias em que a cobertura da guerra se estava a desenrolar, nomeadamente das sujeições à censura e a constrangimentos como o funcionamento em pools.
2. Metodologia
Face às hipóteses apresentadas, aos objectivos delineados e às conclusões dos diversos estudos publicados sobre a cobertura jornalística imagética da Guerra do Golfo, procurei responder às seguintes perguntas de investigação (research questions):
RQ1: Qual foi o tipo e a relevância da cobertura imagética da Guerra do Golfo?
RQ2: Até que ponto a imprensa portuguesa dependeu da produção externa em termos de cobertura imagética do conflito?
RQ3: Quais foram os conteúdos da cobertura imagética da Guerra? Será que se traduziu, essencialmente, numa espécie de catalogação quase publicitária do arsenal norte-americano, a exemplo do que aconteceu nos EUA (Griffin e Lee, 1995)?
RQ4: Qual foi o cuidado posto em colocar o público a par da censura e dos constrangimentos à cobertura jornalística imagética sobre a Guerra?
Para responder a essas questões, metodologicamente enveredei por uma análise de conteúdo e morfológica (número e superfície ocupada -em cm2- pelas imagens jornalísticas sobre o conflito), de seis jornais diários vespertinos (Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal de Notícias, O Comércio do Porto e O Primeiro de Janeiro), quatro jornais semanários (O Independente, Expresso, O Jornal e Semanário) e uma revista de informação geral (Sábado). Escolhi os quatro diários portugueses vespertinos de maior tiragem (Público, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e O Correio da Manhã) e, por razões de proximidade geográfica e de avaliação do comportamento da imprensa pertencente a empresas em crise, os jornais do Porto O Primeiro de Janeiro e O Comércio do Porto. Entre os semanários, seleccionei, igualmente, os de maior tiragem (Expresso, a “instituição” do jornalismo português, O Independente e o Semanário) e um jornal que atravessava uma crise, que acabaria por ditar o desaparecimento do título (O Jornal). A Sábado era, à época, a única revista semanal de informação geral publicada em Portugal.
Durante a análise morfológica, fiz aproximações numéricas quando trabalhei com percentagens e com a aferição da superfície ocupada, pois, tal opção, por um lado, facilita o tratamento da informação e a apreensão da mesma e, por outro lado, não interfere com a avaliação das grandes tendências da cobertura, que é, afinal, aquilo que está em causa nesta pesquisa (as aproximações que fiz são desprezíveis em termos de análise das tendências). Incluí na análise morfológica suplementos sobre a Guerra do Golfo e alguns cadernos e revistas regulares dos jornais estudados com informação sobre o tema em causa, sempre que disponíveis[4]. Quando houve mais do que uma edição diária do mesmo jornal, fenómeno que ocorreu no primeiro dia do conflito, foi feita a análise morfológica das diferentes edições, incluindo-se nos dados finais os elementos recolhidos na primeira edição e os elementos que diferenciavam cada nova edição da anterior.
Defini, a priori, para todos os títulos, as seguintes categorias de análise:
- Imagens sobre a Guerra;
- Tipos de imagens: fotografias, cartoons, infográficos ou imagens obtidas a partir da TV; estabeleci uma única categoria para mapas e infográficos por dois motivos: por um lado, os mapas podem considerar-se uma modalidade de infográficos; por outro lado, geralmente os mapas que surgiram na imprensa estavam povoados de vários infográficos de outro tipo, nomeadamente infográficos icónicos e simbólicos;
- Origem das imagens (produção própria ou não própria, jornalística ou não jornalística, nacional ou estrangeira, produção oriunda de revistas militares);
- Conteúdo principal das imagens (sem distinção do tipo de imagem);
- Imagens com menção a censura.
Há uma questão metodológica que merece reparo: os dados sobre os quais trabalhei foram recolhidos por uma equipa de estudantes e recuperados da minha dissertação de licenciatura (1992), onde, por sua vez, se encontra informação recolhida não apenas por mim, mas também por um colega. Apesar da instrução prévia a que foram sujeitos e do esforço de harmonização que empreendi, o facto de terem sido pessoas diferentes a recolher a informação em diferentes jornais pode ter gerado uma relativa subjectividade na classificação das imagens nas categorias previamente estabelecidas. Este fenómeno poderá ter tido alguma repercussão, embora julgue que mínima, nos resultados finais da análise morfológica com categorias pré-estabelecidas, método que escolhi para este trabalho. Mas esses hipotéticos desvios, ainda que se tenham verificado, não interferem no desenho das grandes tendências da cobertura imagética que a imprensa portuguesa fez da Guerra do Golfo, que é, afinal, aquilo que interessa definir com esta pesquisa.
A título de reparo metodológico, convém igualmente salientar que quando me refiro ao espaço ocupado pelas imagens se tratou única e exclusivamente do espaço efectivamente ocupado pelas imagens, excluindo os seus textos eventualmente associados. Por outro lado, quando me refiro a “países da Coligação”, quando não os individualizo, refiro-me exclusivamente aos países que mais se salientaram na sua intervenção e/ou que foram envolvidos no conflito devido à sua proximidade geográfica (como é o caso do Reino Unido e da França, entre os primeiros, e da Arábia Saudita ou do Egipto, entre os segundos).
3. Contextualização histórica
O Iraque de Hussein foi o primeiro estado a tentar explorar o fim da Guerra Fria. Presumivelmente, Saddam calculou que a desregulação nas relações internacionais que se perspectivava lhe permitiria anexar o rico emirato vizinho, que, conjuntamente com a Arábia Saudita e o Paquistão, era dos principais concorrentes do Iraque no financiamento de actividades integristas. (Al-Ahnaf e Étienne, 1992) Saddam, militante do Partido Baas (pan-arabista e anti-ocidental), teria, inclusivamente, salientado que “o caminho para Jerusalém passa por Meca”, além de ter criticado os hábitos perversos das monarquias do Golfo, como a contratação de prostitutas ocidentais de luxo. (Al-Ahnaf e Étienne, 1992) Aliás, a 8 de Fevereiro de 1980, o presidente do Iraque divulgou uma carta em que anunciava as suas intenções unitárias. Porém, o Ocidente, demasiado preocupado com o Irão de Khomeiny, não o ouviu. Nem se apercebeu, como Amin Maalouf (1990) fez notar, de que a agitação no Médio Oriente era mais política do que religiosa.
Ao invadir o
Koweit, o Iraque justificou-se não apenas com o fácil argumento de que o Koweit
roubava petróleo ao Iraque, usando perfuradoras especiais, mas também com a
postura ideológica baasista, que considera a unidade da nação árabe como sendo
mais importante do que os estados parcelares, maioritariamente criados pelas
potências coloniais, mormente o Reino Unido e a França. Além disso, o Iraque
foi beber aos escritos de vários historiadores árabes, que consideram a
anexação como um acto legítimo à luz da história. Eles baseiam as suas asserções no facto de o actual Koweit, desde
os tempos das longínquas civilizações mesopotâmica, babilónica, assíria/pérsica
e parta, nunca ter estado separado do actual Iraque até ao século XIX. Inclusivamente, entre 1871 e 1899, período
durante o qual a região iraquiana de Bassorá foi convertida em província, no
seio do Império Otomano, o emir do Koweit ainda dependia de Bassorá. De facto, o emirato só se começa a assumir
como entidade individual em 1899, quando encarregou o Reino Unido da sua
representação diplomática, e é apenas em 1961 que se torna independente, apesar
dos protestos iraquianos e árabes em geral, que vêem no acto apenas uma manobra
das antigas potências coloniais, destinada a assegurar-lhes algum controlo
sobre o petróleo. Aliás, em 1938 e
1939, o próprio Conselho Legislativo do Koweit tinha defendido a fusão com o
Iraque, independente desde 1930 e membro da Sociedade das Nações desde
1932. A própria independência
koweitiana só foi mantida, no próprio ano em que foi alcançada, devido à
protecção concedida pelos soldados britânicos face à ameaça de anexação
iraquiana. E só em 1963 é que o Iraque
reconhecerá o Koweit como país independente, muito antes de Saddam Hussein e
das suas teses pan-arabistas chegarem ao poder. Em 1977, verificou-se uma nova desavença entre os dois países,
devido à reivindicação territorial que o Iraque fazia das estratégicas ilhas
koweitianas de Boubiane e Warba, que acabaram por lhe ser alugadas, condição
que satisfazia os interesses iraquianos.
Provocada pelo
combate ao fundamentalismo xiita que ameaçava a estabilidade iraquiana no Sul
do país e pelos eternos problemas em torno da delimitação das fronteiras na
explosiva região do Chatt al-Arab, onde se situam, em Oum Qsar, as únicas
instalações portuárias iraquianas por onde se pode fazer o escoamento de
petróleo, a guerra Irão-Iraque trouxe a este último país as simpatias
ocidentais (Al-Ahnaf e Étienne, 1992).
Mas levou igualmente Saddam Hussein a considerar que tinha prestado um
serviço a todos os países da região, pelo que exigiu o perdão das dívidas que o
Iraque tinha contraído nesse período; quis também que a relação preço/quota de
petróleo definida pela OPEP para o Iraque permitisse ao país fazer face aos
desafios da reconstrução nacional e assumir um lugar destacado no mundo
árabe. Para que esta última condição se
concretizasse, fortaleceu decisivamente as Forças Armadas, especialmente à custa
de equipamento soviético, mas também ocidental (como se verificou durante a
Guerra do Golfo). (Al-Ahnaf e Étienne, 1992) Talvez não estivesse mesmo longe
dos horizontes de Saddam assumir a liderança do mundo árabe contra Israel,
acusado de possuir territórios árabes indevidos, de controlar crescentemente os
vitais recursos aquíferos da região, etc.
(Al-Ahnaf e Étienne, 1992)
É neste contexto que, pelos finais dos anos oitenta, devido ao torpedeamento koweitiano das quotas e preços fixados pela OPEP, se começam a deteriorar significativamente as relações entre o poderoso país de Saddam e o pequeno e apetecido emirato conservador, cuja imensa riqueza, repartida pelos pequeno número de habitantes, se devia unicamente ao petróleo, e cujas fronteiras e legitimidade histórica desde sempre tinham sido contestadas pelo Iraque. A posse do Koweit daria aos iraquianos uma fatia significativa do petróleo mundial e, em princípio, ampliaria consideravelmente a influência do país no mundo. Hussein manda, então, invadir o emirato, a 2 de Agosto de 1990. Todavia, ao fazê-lo, apesar de alegar que o Koweit fazia parte do território iraquiano, viola também uma das regras básicas da Liga Árabe: a de que nenhum país membro recorreria à força para resolver diferendos. O Koweit invoca ainda em sua defesa a sua condição de nação independente, internacionalmente reconhecida (inclusivamente pelo Iraque), e os tratados que ao longo da história reconheciam a soberania koweitiana sobre o seu próprio território, tais como os tratados de Sèvres e de Lausanne, no âmbito dos quais os turcos otomanos desistiram de reclamar a soberania sobre o emirato.
A forma como a situação evoluiu posteriormente é conhecida. Liderados pelos EUA e motivados, certamente, por razões políticas, económicas e militares, vários países, legitimados pelas decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desencadearam as operações Escudo no Deserto e Tempestade no Deserto, que culminaram com a libertação do Koweit, em Fevereiro de 1991. Mas Saddam não foi derrubado nem foi exigido o desmembramento do Iraque, já que a potencial instabilidade daí resultante poderia ser mais explosiva do que a manutenção da integridade do país.
No rescaldo da guerra, os xiitas do Sul do Iraque revoltam-se, sendo reprimidos pelas tropas fiéis a Saddam. No Norte do Iraque, os curdos são beneficiados por um estatuto especial de protecção, outorgado pelas Nações Unidas e garantido pelas potências ocidentais. A ONU declara a manutenção do embargo económico e militar ao Iraque (que se mantém até hoje), destinado, principalmente, a forçar os líderes iraquianos a desmantelar os programas de armamento químico, biológico e nuclear. Apenas se exclui o auxílio humanitário, no âmbito de um programa das Nações Unidas que autoriza a “troca” de petróleo por alimentos, medicamentos e outros bens essenciais. O Norte e o Sul do Iraque são, igualmente, declarados zonas de interdição aérea, de forma a proteger as populações iraquianas que, historicamente, mais “dores de cabeça” têm dado a Hussein, os curdos e os xiitas. Porém, desde 1991 a esta parte que Saddam Hussein não se tem proibido de testar as potências da coligação internacional e a determinação das Nações Unidas. Além do esmagamento da revolta xiita no Sul (beneficiando do aparente beneplácito de um Ocidente que também está longe de simpatizar com o fundamentalismo xiita), os iraquianos intervieram militarmente no Curdistão, dispararam mísseis em direcção à fronteira com o Koweit e a Arábia Saudita, realizaram manobras militares nas fronteiras com esses países, levaram tropas a ultrapassar a fronteira koweitiana com o argumento de que iam buscar material abandonado após a operação Tempestade no Deserto, fixaram nos radares, e tornaram alvos para mísseis, os aviões da coligação internacional que fiscalizam as zonas de interdição aérea, “jogaram” constantemente ao “rato e ao gato” com os inspectores da ONU que, no terreno (incluindo nos célebres palácios presidenciais de Hussein), verificam o cumprimento, pelo Iraque, das resoluções das Nações Unidas, nomeadamente daquelas que obrigam o país a desmantelar os seus arsenais convencionais, químicos e biológicos e a colocar um fim aos programas de armamento, especialmente de armamento convencional, químico, biológico e nuclear. Alguns países da coligação internacional, nomeadamente os EUA e o Reino Unido, já intervieram militarmente no Iraque, destruindo infra-estruturas militares e locais suspeitos de albergar armas ou de integrarem os programas rearmamentistas iraquianos. Mas algumas dessas intervenções têm sido criticadas por alguns países da comunidade internacional, nomeadamente aquelas que, eventualmente, se assemelham mais a gestos destinados a desviar as atenções dos problemas de Bill Clinton do que a medidas oportunas, ponderadas e consensuais.
4. Revisão de literatura
Não há muitos estudos específicos sobre a cobertura imagética que a imprensa fez da Guerra do Golfo. Griffin e Lee (1995) demonstram que a cobertura fotojornalística da Guerra do Golfo na Time, na Newsweek e no U.S. News & World Report assentou num limitado leque de imagens, que enfatizaram, sobretudo, uma catalogação do arsenal norte-americano. Por sua vez, Conners (1998) analisou os cartoons representando Saddam Hussein publicados no Washington Post, no Atlanta Constitution, no Chicago Tribune e na Newsweek entre 1 de Agosto de 1990 e 31 de Março de 1991 foram analisados por Conners (1998). Este autor demonstra que as representações cartoonísticas do Presidente iraquiano oscilaram entre as figuras do agressor e do criminoso, sendo mesmo frequentemente desumanizado, encarnando figuras de animais, incluindo aranhas e aves. Conners salienta, assim, que os cartoonistas americanos trabalharam, principalmente, no sentido de garantir suporte para a intervenção americana no Golfo Pérsico e para o Presidente Bush, embora registe que o Presidente americano foi, por vezes, representado como fraco, indeciso e impaciente. Concluindo, o autor destaca que embora Hussein tenha sido representado como o inimigo, o Presidente Bush não foi representado como o herói da Guerra.
Sei também que o professor Richard Zimler, da Escola Superior de Jornalismo do Porto, desenvolveu uma pesquisa sobre a cobertura fotojornalística da Guerra do Golfo em alguns jornais portugueses, mas o estudo ainda não foi publicamente apresentado.
5. Resultados
Os
resultados do estudo são sistematicamente apresentados nas tabelas inseridas
nos anexos.
6. Discussão dos resultados
Verifica-se pelos
dados que todos os jornais usaram relevantemente a informação imagética. O Expresso
(11,6% do espaço da informação sobre a Guerra ocupado com imagens sobre o
conflito) foi o periódico que, percentualmente, menos recorreu à informação
imagética, no cômputo geral de informação sobre a Guerra, embora não se possa
dizer o mesmo em números absolutos (201 imagens, ocupando 26.758 cm2). Todos os restantes órgãos jornalísticos
analisados apresentam percentagens de ocupação imagética do espaço de
informação sobre a guerra superiores a 21,3% (quase um quinto da superfície
dedicada à Guerra, em O Jornal),
tendo o Diário de Notícias atingido
mesmo o valor de 35,3% (mais de um terço do espaço com informação sobre a
Guerra ocupado por informação imagética).
As fotografias foram o meio privilegiado de representação visual do
conflito em todos os jornais analisados, verificando-se um recurso
relativamente assinalável a infográficos e mapas (frequentemente combinados),
mostrando que as novas tecnologias da comunicação abrem novos caminhos ao
jornalismo mas também que as formas tradicionais de representação imagética da
Guerra na imprensa continuavam vivas na alvorada da última década do segundo
milénio. Só o Público, talvez o diário que, no início dos anos noventa, se
procurava afirmar com mais veemência em Portugal, adquirindo estatuto e
ganhando audiência, incluiu um número significativo de imagens recuperadas da
televisão (38 imagens, ou seja, 6,4%, que ocuparam 8,9% da superfície dedicada
à cobertura imagética).
Passando ao
capítulo da origem das imagens, verificamos que, em todos os jornais, as
imagens televisivas, quando mencionavam a origem ou quando era possível
identificar essa origem, foram principalmente extraídas da CNN, embora o Público e o Diário de Notícias, que competiam pela mesma audiência, se tenham
preocupado em ir buscar algumas imagens à TV iraquiana, tendo o Público recorrido mesmo a outras
televisões ocidentais, acentuando a pluralidade da representação bélica. Só no Público
e no Correio da Manhã encontramos
imagens recuperadas da televisão com menção a censura.
No que respeita
aos mapas e infográficos, a maioria não incluía qualquer identificação sobre a
sua origem. A maior parte das origens
identificadas dos mapas e infográficos dizia respeito a meios jornalísticos
ocidentais. O Público, porém, identificou sete mapas e infográficos como sendo
reproduzidos de revistas militares ocidentais e mesmo outros sete como tendo
tido origem em meios não jornalísticos ocidentais, o que pode representar um
certo grau de enviusamento.
Em relação à
origem das fotografias, ressalta imediatamente à vista que uma percentagem
significativa das mesmas não teve a origem referenciada. Se pensarmos que situações similares
ocorreram com a identificação dos mapas e infográficos e das imagens extraídas
da televisão, então podemos dizer que os jornais não respeitaram (integralmente)
o direito dos autores em ver o seu trabalho atribuído e o direito do público a
ser informado da autoria, inclusivamente para atribuir responsabilidades,
nomeadamente numa situação propícia às tentativas de manipulação das correntes
de opinião do público como é uma situação de guerra. A salientar igualmente, no que toca à origem das fotografias, é a
elevada dependência que os jornais denotaram da produção jornalística
estrangeira. Provavelmente, embora
vários jornais tenham enviado correspondentes para os países envolvidos no
conflito, os fotojornalistas foram desvalorizados em privilégio dos jornalistas
redactores, tendo enviado estes últimos em detrimento dos primeiros. Se os constrangimentos financeiros atingem,
em primeiro lugar, a cobertura fotojornalística própria do conflito, então o
fotojornalismo tende a ser desvalorizado em favor do texto escrito. Interessante é ainda notar que enquanto os cartoons são sempre assinados pelos seus
autores, as restantes imagens não o são, o que dá status profissional e social aos cartoonistas mas tira aos restantes profissionais do jornalismo
imagético. Esta situação, aliás, não é
nova. Conotado com a arte, o desenho,
humorístico ou não, já merecia quase sempre a identificação do autor nos
primeiros tempos do fotojornalismo, ao contrário do que acontecia com o
repórter fotográfico, que raramente via essa oportunidade ser-lhe
concedida. Posso até recordar que
muitas fotografias não eram reproduzidas directamente nos jornais, embora já
existissem recursos técnicos para isso, sendo passadas a gravuras, talvez
porque o público da época estivesse mais habituado ao desenho e o
privilegiasse.
É conveniente
relembrar que a dependência que os jornais portugueses denotaram, em todas as
categorias sob análise, da produção não própria de imagens representativas da
guerra, tende a reduzir o pluralismo das visões sobre a guerra, uma vez que
haverá mais pessoas a consumir as mesmas imagens. É ainda de destacar que praticamente não houve quaisquer avisos
nas imagens à censura e aos constrangimentos da cobertura de guerra.
Dissecando,
finalmente, os conteúdos das representações visuais da Guerra do Golfo na
imprensa portuguesa, é possível verificar, em primeiro lugar, que, embora tenha
havido uma preocupação assinalável, talvez por efeito de arrastamento ou por
causa do tipo de material fornecido às redacções (e na ausência, devido aos
constrangimentos e à censura, de imagens mais representativas do que se sucedia
no terreno) na catalogação do arsenal dos países envolvidos, essa preocupação
não foi a tónica dominante da cobertura, ao contrário do que sucedeu nos
Estados Unidos (cf. Griffin e Lee, 1995).
Não obstante, e apesar da relativa pluralidade dos temas tratados,
directa ou indirectamente relacionados com o conflito, todos os jornais
representaram significativamente a vertente militar do conflito, não apenas
introduzindo imagens do arsenal em presença, mas também das tropas e dos
líderes militares, com “vantagem” para a Coligação e os Estados Unidos, ou
seja, com um certo grau de enviusamento favorável aos EUA, aos países da
Coligação Internacional e, portanto, à intervenção armada com a finalidade de
assegurar a libertação do Koweit. As
Forças Armadas portuguesas, talvez porque contribuíram com pouco mais do que
uma fragata e um navio de carga para o esforço Aliado comum, foram
desvalorizadas na cobertura, não tendo, portanto, funcionado aqui fortemente o
critério de noticiabilidade da proximidade.
A liderança
política do conflito reflectiu-se no elevado número de fotografias dos líderes
políticos dos países beligerantes.
Neste pormenor, embora, no cômputo geral, os líderes dos países da
Coligação mais intervenientes, até porque são mais, tenham sido bastante
representados, a par dos líderes políticos de outros países e da ONU, houve um
recurso assinalável às representações da liderança iraquiana, provavelmente
devido à omnipresença de Saddam Hussein, o que revelará também uma
personalização do conflito.
A visão da Guerra
transmitida predominantemente pelas imagens revela um conflito quase sem
combates directos e com relativamente poucas vítimas e destruição, com
excepções pouco significativas no que respeita ao Iraque e a Israel. Ou seja, a Guerra do Golfo foi
tendencialmente representada na imprensa portuguesa, em termos imagéticos, como
um conflito asséptico, cirúrgico, tal e qual os Aliados procuraram fazer crer,
ignorando o facto de que grande parte das bombas que caíram sobre o Iraque
terem sido gravitacionais, tal e qual as da Segunda Guerra Mundial, que não
escolhiam onde caíam.
É interessante
notar a atenção que foi concedida, por todos os jornais, à vida civil nos
países em confronto e à vida civil em Portugal, provavelmente devido à
impossibilidade de se fotografarem os acontecimentos na linha da frente, que
teriam fornecido, certamente, representações imagéticas da Guerra mais
apetecíveis. Porém, esta situação
poderá ter provocado um enviusamento na produção de sentido para as mensagens
sobre a Guerra, agudizando, por um lado, a ideia de que se trataria de um conflito
cirúrgico e, por outro lado, desviando as atenções do palco da Guerra e
hipoteticamente gerando, no que respeita a Portugal, um aumento do sentimento
de insegurança colectiva (inclusivamente devido ao fantasma do terrorismo), uma
vez que se deu do País uma imagem de envolvimento superior àquele que ele teve,
na realidade.
Finalmente,
registe-se que foi concedido algum espaço à representação visual das
manifestações contra a Guerra, sobretudo nos diários, embora esse espaço
tivesse sido percentualmente pouco significativo no cômputo geral das imagens.
7. Conclusões
Posso concluir que, na generalidade, face aos dados recolhidos, os jornais portugueses tiveram um comportamento relativamente semelhante no que respeita às grandes tendências da cobertura imagética da Guerra do Golfo, atrás expostas, provavelmente quer devido a um presumível efeito de “arrastamento”, quer devido aos condicionalismos na cobertura. Esta será, talvez, a principal conclusão a extrair deste trabalho. Além disso, julgo poder dizer que se nota uma certa ênfase na ideia de que o conflito foi uma teia de operações cirúrgicas e assépticas, circunstância que, associada a uma certa personalização maniqueísta do conflito (o bem contra o demónio Saddam), evidenciada pelo grande número de imagens dos líderes, poderá ter contribuído para um certo enviusamento tendencioso da cobertura, particularmente favorável à intervenção aliada e à Coligação.
No que respeita às hipóteses que procurei testar, recordo que em primeiro lugar coloquei por hipótese que, tendo sido a Guerra do Golfo, em grande medida, uma guerra de imagens e, sobretudo, uma guerra de imagens na TV, a imprensa se ressentiu dessa contingência, tendo usado relevantemente a imagem para fazer passar a informação. Os resultados confirmam que todos os jornais, com especial destaque para os diários, usaram relevantemente a imagem como veículo informativo sobre a Guerra, o que valida a hipótese.
Em segundo lugar pus também por hipótese que, face não só aos constrangimentos impostos pelos beligerantes à movimentação dos jornalistas, mas também às novas tecnologias que permitem e incentivam o jornalismo infográfico, a imprensa tenha recorrido relevantemente, por um lado, a imagens extraídas dos ecrãs de televisão e, por outro lado, ao jornalismo infográfico. Os dados recolhidos demonstram, porém, que, embora o jornalismo infográfico tenha estado presente na cobertura, as percentagens da sua utilização foram inferiores ao que eu esperava. Do mesmo modo, só pontualmente os jornais recorreram a imagens recolhidas da TV. Assim sendo, parece-me que a hipótese é rejeitável, sobretudo no que respeita ao aproveitamento das imagens televisivas, já que, apesar de tudo, a infografia, enquanto forma jornalística de apresentação de informação, esteve minimamente representada.
Bibliografia
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AL-AHNAF, M. e
ÉTIENNE, B. (1992) - Ils
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CÁDIMA, Francisco Rui (1991, 26 de Janeiro) - A guerra mediática. A Revista - Expresso.
CONNERS, J. L. (1998) - Hussein as enemy: The Persian Gulf
War in political cartoons. Harvard International Journal of
Press/Politics, vol. 3, n.º 3, pp. 96-114.
GRIFFIN, M. e LEE, J. (1995) - Picturing the Gulf War: Constructing an image
of war in Time, Newsweek, and U.S. News &
World Report. Journalism and Mass Communication Quarterly, vol. 72, n.º 4, pp.
813-825.
KATZ, Elihu (1992) - The end of journalism? Notes on watching the war. Journal
of Communication, vol. 42, n.º 3, pp. 5-13.
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Margarita (1993) - O diario
postelevisivo.
Santiago de Compostela: Edicións Léa.
MAALOUF, Amin (1990) - As Cruzadas Vistas pelos Árabes. 4ª edição. Lisboa: Difel.
PERNIOLA, Mário et al. (1991) - Guerra Virtual, Guerra Real: Reflexão Sobre o Conflito do Golfo. Lisboa: Vega.
SOUSA, Jorge Pedro (1992) - Incógnitas da Incerteza. Reflexões Sobre Jornalismo e Comunicação Humana a Propósito da Guerra do Golfo. Monografia de licenciatura, não publicada, disponível nas bibliotecas da Escola Superior de Jornalismo do Porto (Portugal) e da Universidade Fernando Pessoa (Porto-Portugal).
VIRÍLIO, Paul (1992, 18 de Janeiro) - Uma guerra não convencional. A Revista - Expresso.
WOODROW, Alain
(1991) - Informação,
Manipulação. Lisboa: Publicações
Dom Quixote.
ANEXOS
A) Situação nos jornais diários
Tabela 1
Imagens da Guerra do Golfo nos jornais diários
Jornal |
Imagens (n.º total) |
Imagens (espaço ocupado em cm2) |
% do espaço de infor-mação sobre a Guer-ra ocupa-do por ima-gens |
Fotos (n.º) |
Fotos (espa-ço) (cm2) |
Info-grá-ficos e mapas (n.º) |
Info-grá- ficos e mapas (espaço) (cm2) |
Car-toons (n.º) |
Car-toons
(espa-ço) (cm2) |
Ima-gens da TV (n.º) |
Ima-gens da TV (espa-ço) (cm2) |
Correio da Manhã |
678 (15,8/ dia) |
130.390 (3.032,3/ dia) |
22% |
646 (95,3%) |
120.510 (92,4%) |
22 (3,2%) |
7.766 (5,9%) |
2 (0,3%) |
320 (0,3%) |
8 (1,2%) |
1.794 (1,4%) |
O Comércio do Porto |
592 (13,8/ dia) |
99.960 (2.324,7/ dia) |
31,8% |
583 (98,5%) |
97.331 (97,4%) |
2 (0,3%) |
634 (0,6%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
7 (1,2%) |
1.995 (2%) |
Diário de Notícias |
664 (15,4/ dia) |
174.288 (4.053,2/ dia) |
35,3% |
511 (76,9%) |
113.963 (65,4%) |
92 (13,9%) |
36.278 (20,8%) |
35 (5,3%) |
18.782 (10,8%) |
26 (3,9%) |
5.265 (3%) |
Jornal de Notícias |
622 (14,5 dia) |
119.320 (2.774,9/ dia) |
31,4% |
559 (89,9%) |
108.981 (91,3%) |
33 (5,3%) |
6.315 (5,3%) |
5 (0,8%) |
692 (0,6%) |
25 (4%) |
3.332 (2,8%) |
O Primeiro de Janeiro |
480 (11,2/ dia) |
81.700 (1.900/ dia) |
33,2% |
405 (84,4%) |
54.016 (66,1%) |
45 (9,3%) |
22.340 (27,3%) |
25 (5,2%) |
4.554 (5,6%) |
5 (1%) |
790 (1%) |
Público |
599 (13,9/ dia) |
137.547 (2.847/ dia) |
26,4% |
474 (79,1%) |
101.424 (73,7%) |
79 (13,2%) |
22.411 (16,3%) |
8 (1,3%) |
1.510 (1,1%) |
38 (6,4%) |
12.202 (8,9%) |
Nota: A negro carregado, entre parênteses, indica-se, nas duas primeiras
colunas, a média diária; indicam-se igualmente entre parênteses, nas últimas
oito colunas, as percentagens de fotos, de cartoons,
de infográficos e mapas e de imagens da TV no total de imagens, em relação ao
número e ao espaço ocupado.
Tabela 2
Origem das imagens de TV aproveitadas pelos
jornais diários
Ori-gem |
Cor-reio da Manhã |
Cor-reio da Manhã |
O Co-mér-cio do Porto |
O Co-mér-cio do Porto |
Diário de Notí-cias |
Diário de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
O Pri-meiro de Janei-ro |
O Pri-meiro de Janei-ro |
Públi-co |
Públi-co |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TO-TAL |
8 |
1794 |
7 |
1995 |
26 |
5.265 |
25 |
3.332 |
5 |
790 |
38 |
12.202 |
Não men-ciona-da e inde- termi- nável |
2 (25%) |
763 (42,5%) |
4 (57,1%) |
1.704 (85,4%) |
8 (30,8%) |
1.300 (24,7%) |
16 (64%) |
1.917 (57,5%) |
1 (20%) |
216 (27,3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Produ-ção nacio-nal |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 (20%) |
213 (26,9%) |
3 (7,9%) |
812 (6,6%) |
Produ-ção estran-geira |
6 (75%) |
1.031 (57,5%) |
3 (42,9%) |
291 (14,6%) |
18 (69,2%) |
3.965 (75,3%) |
9 (36%) |
1.415 (42,5%) |
3 (60%) |
361 (45,7%) |
35 (92,1%) |
11.390 (93,4%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jor-nalís- ticos oci-dentais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jor-nalís- ticos iraqui-anos |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jor-nalís- ticos árabes/islâ-micos |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jor-nalís- ticos israe-litas |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
CNN |
5 (62,5%) |
926 (51,6%) |
3 (42,9%) |
291 (14,6%) |
13 (50%) |
2.925 (55,6%) |
6 (24%) |
921 (27,6%) |
3 (60%) |
361 (45,7%) |
9 (23,7%) |
1.289 (10,6%) |
RTP |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 (20%) |
213 (26,9%) |
3 (7,9%) |
812 (6,6%) |
Outras TV’s oci-dentais |
1 (12,5%) |
105 (5,9%) |
- |
- |
- |
- |
1 (4%) |
225 (6,7%) |
- |
- |
21 (55,3%) |
8.841 (73,4%) |
TV ira-quiana |
- |
- |
- |
- |
5 (19,2%) |
1.040 (19,7%) |
2 (8%) |
269 (8,1%) |
- |
- |
4 (10,5%) |
980 (8%) |
Outras TV’s árabes ou islâ-micas |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 (2%) |
280 (1,4%) |
TV’s israeli-tas |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Ima-gens TV com men-ção a
censu-ra |
1 (12,5%) |
105 (5,9%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (5,3%) |
320 (2,6%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos ou não jornalísticos
ocidentais não incluo os portugueses.
Tabela 3
Origem dos mapas e infográficos nos jornais
diários
Ori-gem |
Cor-reio da Manhã |
Cor-reio da Manhã |
O Co-mér-cio do Porto |
O Co-mér-cio do Porto |
Diário de Notí-cias |
Diário de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
O Pri-meiro de Janei-ro |
O Pri-meiro de Janei-ro |
Públi-co |
Públi-co |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TO-TAL |
22 |
7.766 |
2 |
634 |
92 |
36.278 |
33 |
6.315 |
45 |
22.340 |
79 |
22.411 |
Não men-ciona-da e inde- termi- nável |
11 (50%) |
2.254 (29%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
27 (29,3%) |
11.822 (32,6%) |
30 (90,9%) |
5.851 (92,6%) |
42 (93,3%) |
21.526 (96,4%) |
51 (64,5%) |
16.621 (74,2%) |
Produ-ção pró-pria ou mista |
- |
- |
2 (100%) |
634 (100%) |
- |
- |
- |
- |
1 (2,2%) |
204 (0,9%) |
2 (2,5%) |
1.178 (5,2%) |
Produ-ção não pró-pria nacio-nal |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
1 (3%) |
95 (1,5%) |
- |
- |
- |
- |
Produ-ção estran-geira |
11 (50%) |
5.512 (71%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
65 (70,7%) |
24.456 (67,4%) |
2 (6,1%) |
369 (5,9%) |
2 (4,4%) |
610 (2,7%) |
26 (33%) |
4.612 (20,6%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jor-nalís- ticos oci-dentais |
- |
- |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
7 (8,9%) |
1.144 (5,1%) |
Revis-tas milita-res
oci-den-tais |
1 (4,5%) |
325 (4,2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
7 (8,9%) |
1.377 (6,1%) |
Meios jor-nalís- ticos oci-den-tais |
10 (45,5%) |
5.187 (66,8%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
65 (70,7%) |
24.456 (67,4%) |
3 (9,1%) |
464 (7,4%) |
2 (4,4%) |
610 (2,7%) |
12 (15,2%) |
2.091 (9,3%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos ou não jornalísticos
ocidentais não incluo os portugueses.
Tabela 4
Origem das fotografias nos jornais diários
Ori-gem |
Cor-reio da Manhã |
Cor-reio da Manhã |
O Co-mér-cio do Porto |
O Co-mér-cio do Porto |
Diário de Notí-cias |
Diário de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
O Pri-meiro de Janei-ro |
O Pri-meiro de Janei-ro |
Públi-co |
Públi-co |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TO-TAL |
646 |
120.510 |
583 |
97.331 |
511 |
113.963 |
559 |
108.981 |
405 |
54.016 |
474 |
101.424 |
Não men-ciona-da e inde- termi- nável |
318 (49,2%) |
68.859 (57,1%) |
445 (76,3%) |
76.904 (79,1%) |
202 (39,5%) |
44.943 (39,4%) |
290 (51,9%) |
50.912 (46,7%) |
206 (50,9%) |
21.180 (39,2%) |
40 (8,4%) |
8.546 (8,4%) |
Produ-ção pró-pria |
14 (2,2%) |
1.058 (0,9%) |
66 (11,3%) |
9.768 (10%) |
53 (10,4%) |
8.784 (7,7%) |
106 (18,9%) |
26.377 (24,2%) |
55 (13,6%) |
8.422 (15,6%) |
71 (15%) |
11.950 (11,8%) |
Produ-ção não pró-pria nacio-nal |
18 (2,8%) |
2.037 (1,7%) |
- |
- |
- |
- |
68 (12,2%) |
14.290 (13,1%) |
- |
- |
26 (5,5%) |
5.820 (5,7%) |
Produ-ção estran-geira |
296 (45,8%) |
48.556 (40,3%) |
72 (12,4%) |
10.659 (10,9%) |
256 (50,1%) |
60.236 (52,9%) |
95 (17%) |
17.402 (16%) |
144 (35,5%) |
24.414 (45,2%) |
337 (71,1%) |
75.108 (74,1%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jor-nalís- ticos oci-dentais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
4 (0,7%) |
552 (0,5%) |
- |
- |
- |
- |
Meios não jor-nalís- ticos iraqui-anos |
- |
- |
2 (0,3%) |
357 (0,4%) |
- |
- |
3 (0,5%) |
351 (0,3%) |
- |
- |
1 (0,2%) |
330 (0,3%) |
Meios não jor-nalís- ticos israe-litas |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jor-nalís- ticos árabes/islâ-micos |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
10 (1,8%) |
2.176 (2%) |
- |
- |
- |
- |
Revis-tas milita-res
oci-den-tais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jor-nalís- ticos oci-den-tais (inc. agên-cias) |
292 (45,2%) |
47.958 (39,4%) |
70 (12%) |
10.302 (10,5%) |
256 (50,1%) |
60.236 (52,9%) |
78 (13,9%) |
14.323 (13,1%) |
144 (35,5%) |
24.414 (45,2%) |
335 (70,7%) |
74.498 (73,5%) |
Meios jor-nalís- ticos iraqui-anos (inc. agên-cias) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jor-nalís- ticos israeli-tas (inc. agên-cias) |
3 (0,5%) |
382 (0,3%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jor-nalís- ticos árabes/islâ-micos (inc.
agên-cias) |
1 (0,2%) |
216 (0,2%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 (0,2%) |
280 (0,3%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Fotos com men-ção a
cen-sura |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos ou não jornalísticos
ocidentais não incluo os portugueses.
Tabela 5
Conteúdo principal das imagens nos jornais
diários
Conte-údo |
Cor-reio da Manhã |
Cor-reio da Manhã |
O Co-mér-cio do Porto |
O Co-mér-cio do Porto |
Diário de Notí-cias |
Diário de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
Jornal de Notí-cias |
O Pri-meiro de Janei-ro |
O Pri-meiro de Janei-ro |
Públi-co |
Públi-co |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TO-TAL |
678 |
130.390 |
592 |
99.960 |
664 |
174.288 |
622 |
119.320 |
480 |
81.700 |
599 |
137.547 |
Mapas + info-grá-ficos |
22 (3,2%) |
7.766 (5,9%) |
2 (0,3%) |
634 (0,6%) |
92 (13,9%) |
36.278 (20,8%) |
33 (5,3%) |
6.315 (5,3%) |
45 (9,3%) |
22.340 (27,3%) |
79 (13,2%) |
22.411 (16,3%) |
Arse-nal portu-guês |
2 (0,3%) |
612 (0,5%) |
5 (0,8%) |
892 (0,9%) |
5 (0,8%) |
877 (0,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,2%) |
315 (0,4%) |
3 (0,5%) |
2.520 (1,8%) |
Arse-nal ame-ricano
(excep-to se em com-bate) |
53 (7,8%) |
9.564 (7,3%) |
39 (6,6%) |
6.326 (6,3%) |
26 (3,9%) |
6.425 (3,7%) |
18 (2,9%) |
3.664 (3%) |
25 (5,2%) |
5.208 (6,4%) |
60 (10%) |
13.476 (9,8%) |
Arse-nal da Coli-gação
(excep-to se em com-bate) |
36 (5,3%) |
4.268 (3,3%) |
35 (5,9%) |
6.870 (6,9%) |
35 (5,3%) |
9.019 (5,2%) |
10 (1,6%) |
2.004 (1,7%) |
5 (1%) |
1.145 (1,4%) |
6 (1%) |
1.468 (1,1%) |
Arse-nal ira-quia-no
(excep-to se em com-bate) |
28 (4,1%) |
5.414 (4,2%) |
4 (0,7%) |
615 (0,6%) |
8 (1,2%) |
1.769 (1%) |
18 (2,9%) |
3.036 (2,5%) |
27 (5,6%) |
9.247 (11,3%) |
4 (0,7%) |
708 (0,5%) |
Arse-nal israeli-ta |
4 (0,6%) |
416 (0,3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
4 (0,6%) |
946 (0,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (0,6%) |
545 (0,7%) |
3 (0,5%) |
750 (0,5%) |
Arse-nal de outros países |
8 (1,2%) |
1.254 (1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
8 (1,2% |
1755 (1%) |
3 (0,5%) |
548 (0,4%) |
5 (1%) |
1.180 (1,4%) |
4 (0,7%) |
841 (0,6%) |
Tropas e líderes milita-res
de Portu-gal |
3 (0,4%) |
442 (0,3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,2%) |
183 (0,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,2%) |
80 (0,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Tropas e líderes milita-res
dos EUA (excep-to se em com-bate) |
38 (5,6%) |
6.104 (4,7%) |
34 (5,7%) |
4.918 (4,9%) |
35 (5,3%) |
9.478 (5,4%) |
13 (2,1%) |
2.209 (1,8%) |
18 (3,8%) |
2.530 (3,1%) |
44 (7,3%) |
11.043 (8%) |
Tropas e líderes milita-res
da Coli-gação (excep-to se em com-bate) |
22 (3,2%) |
4.487 (3,4%) |
29 (4,9%) |
6.042 (6%) |
31 (4,7%) |
8.239 (4,7%) |
9 (1,4%) |
1.759 (1,5%) |
6 (1,3%) |
992 (1,2%) |
8 (1,3%) |
2.230 (1,6%) |
Tropas e líderes milita-res
de Israel |
6 (0,9%) |
738 (0,6%) |
7 (1,2%) |
2.739 (2,7%) |
5 (0,8%) |
1.273 (0,7%) |
7 (1,1%) |
1.200 (1%) |
4 (0,8%) |
658 (0,8%) |
4 (0,7%) |
1.400 (1%) |
Tropas e líderes milita-res
do Iraque (excep-to se em com-bate) |
23 (3,4%) |
3.214 (2,5%) |
18 (3%) |
5.916 (5,9%) |
5 (0,8%) |
849 (0,5%) |
11 (1,8%) |
2.319 (1,9%) |
12 (2,5%) |
2.512 (3,1%) |
13 (2,2%) |
3.499 (2,5%) |
Tropas e líderes milita-res
de outros países |
9 (1,3%) |
1.230 (0,9%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
7 (1,1%) |
1.568 (0,9%) |
11 (1,8%) |
1.912 (1,6%) |
5 (1%) |
1.035 (1,3%) |
9 (1,5%) |
2.722 (2%) |
Líde-res polí-ticos
por-tugue-ses |
12 (1,8%) |
1.240 (1%) |
16 (2,7%) |
1.540 (1,5%) |
29 (4,4%) |
6.435 (3,7%) |
19 (3%) |
3.958 (3,3%) |
8 (1,7%) |
1.016 (1,2%) |
14 (2,3%) |
3.002 (2,2%) |
Líde-res polí-ticos ameri-canos |
27 (4%) |
3.846 (2,9%) |
18 (3%) |
1.980 (2%) |
33 (5%) |
1.978 (1,1%) |
17 (2,7%) |
2.393 (2%) |
13 (2,7%) |
2.367 (2,9%) |
12 (2%) |
2.924 (2,1%) |
Líde-res polí-ticos de
países da Coli-gação |
17 (2,5%) |
1.912 (1,5%) |
18 (3%) |
2.026 (2%) |
33 (5%) |
7.039 (4%) |
10 (1,6%) |
1.292 (1,1%) |
30 (6,3%) |
2.492 (3,1%) |
8 (1,3%) |
1.707 (1,2%) |
Líde-res polí-ticos
ira-quia-nos |
35 (5,2%) |
3.604 (2,8%) |
21 (3,5%) |
3.418 (3,4%) |
20 (3%) |
4.169 (2,4%) |
24 (3,8%) |
3.706 (3,1%) |
10 (2,1%) |
1.305 (1,6%) |
24 (4%) |
5.009 (3,6%) |
Líde-res polí-ticos
israe-litas |
8 (1,2%) |
780 (0,6%) |
11 (1,9%) |
1.537 (1,5%) |
6 (0,9%) |
609 (0,3%) |
13 (2,1%) |
2.295 (1,9%) |
2 (0,4%) |
214 (0,5%) |
4 (0,7%) |
778 (0,6%) |
Líde-res polí-ticos de
outros países e orga-niza-ções
inter-nacio-nais |
10 (1,5%) |
1.020 (0,8%) |
16 (2,7%) |
1.270 (1,3%) |
44 (6,6%) |
8.528 (4,9%) |
42 (6,7%) |
4.384 (3,7%) |
9 (1,9%) |
1.479 (1,8%) |
26 (4,3%) |
4.791 (3,5%) |
Com-bate (todas as na-ções:
ponto de vis-ta alia-do) |
4 (0,6%) |
1.358 (1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (0,3%) |
488 (0,3%) |
2 (0,3%) |
362 (0,3%) |
2 (0,4%) |
427 (0,5%) |
2 (0,3%) |
552 (0,4%) |
Com-bate (todas as na-ções:
ponto de vis-ta ira-quia-no) |
4 (0,6%) |
616 (0,5%) |
8 (1,4%) |
1.395 (1,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
5 (0,8%) |
1.008 (0,8%) |
3 (0,6%) |
651 (0,8%) |
1 (0,2%) |
135 (0,1%) |
Des-trui-ção ou amea-ça de
des-trui-ção no Ira-que |
24 (3,5%) |
3.028 (2,3%) |
17 (2,9%) |
2.940 (2,9%) |
25 (3,8%) |
5.984 (3,4%) |
29 (4,7%) |
5.958 (5%) |
12 (2,5%) |
1.444 (1,8%) |
19 (3,2%) |
5.041 (3,7%) |
Des-trui-ção ou amea-ça de
des-trui-ção em áreas milita-res
ameri-canas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,2%) |
128 (0,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Des-trui-ção ou amea-ça de
des-trui-ção em países da Coli-gação |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (0,3%) |
291 (0,2%) |
1 (0,2%) |
152 (0,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (0,3%) |
332 (0,2%) |
Des-trui-ção ou amea-ça de
des-trui-ção em Israel |
9 (1,3%) |
7.619 (5,8%) |
11 (1,9%) |
1.842 (1,8%) |
18 (2,7%) |
5.022 (2,9%) |
11 (1,8%) |
1.746 (1,5%) |
4 (0,8%) |
745 (0,9%) |
7 (1,2%) |
1.867 (1,4%) |
Des-trui-ção ou amea-ça de
des-trui-ção no Koweit |
5 (0,7%) |
1.511 (1,2%) |
2 (0,3%) |
170 (0,2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
5 (0,8%) |
682 (0,6%) |
6 (1,3%) |
1.030 (1,3%) |
8 (1,3%) |
2.819 (2%) |
Víti-mas mili-tares do Ira-que |
13 (1,9%) |
1.862 (1,4%) |
1 (0,2%) |
124 (0,1%) |
3 (0,5%) |
1.146 (0,7%) |
7 (1,1%) |
1.662 (1,4%) |
2 (0,4%) |
280 (0,3%) |
3 (0,5%) |
117 (0,1%) |
Víti-mas mili-tares ameri-canas |
2 (0,3%) |
288 (0,2%) |
3 (0,5%) |
455 (0,5%) |
2 (0,3%) |
371 (0,2%) |
3 (0,5%) |
620 (0,5%) |
2 (0,4%) |
168 (0,2%) |
2 (0,3%) |
528 (0,4%) |
Víti-mas milita-res de
países da Co-liga-ção |
1 (0,1%) |
79 (0,06%) |
1 (0,2%) |
98 (0,1%) |
2 (0,3%) |
463 (0,3%) |
2 (0,3%) |
645 (0,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (0,3%) |
336 (0,2%) |
Víti-mas mili-tares israe-litas |
1 (0,1%) |
141 (0,1%) |
1 (0,2%) |
98 (0,1%) |
4 (0,6%) |
756 (0,4%) |
2 (0,3%) |
398 (0,3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Viti-mas civis iraqui-anas |
15 (2,2%) |
2.225 (1,7%) |
18 (3%) |
2.330 (2,3%) |
11 (1,7%) |
4.133 (2,4%) |
9 (1,4%) |
1.353 (1,1%) |
8 (1,7%) |
1.320 (1,6%) |
12 (2%) |
1.758 (1,3%) |
Víti-mas civis de países da
Coli-gação |
3 (0,4%) |
337 (0,3%) |
2 (0,3%) |
418 (0,4%) |
6 (0,9%) |
944 (0,5%) |
3 (0,5%) |
957 (0,8%) |
2 (0,4%) |
190 (0,2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Víti-mas civis israe-litas |
3 (0,4%) |
387 (0,3%) |
3 (0,5%) |
461 (0,5%) |
9 (1,4%) |
2.815 (1,6%) |
5 (0,8%) |
835 (0,7%) |
5 (1%) |
860 (1,1%) |
3 (0,5%) |
156 (0,1%) |
Vida civil em Portu-gal |
19 (2,8%) |
1.657 (1,3%) |
12 (2%) |
1.405 (1,4%) |
17 (2,6%) |
3.076 (1,8%) |
14 (2,2%) |
2.914 (2,4%) |
2 (0,4%) |
392 (0,5%) |
11 (1,8%) |
1.634 (1,2%) |
Vida civil no Iraque |
14 (2,1%) |
1.514 (1,2%) |
13 (2,2%) |
1.122 (1,1%) |
10 (1,5%) |
2.535 (1,5%) |
13 (2,1%) |
2.316 (1,9%) |
7 (1,5%) |
1.666 (2%) |
19 (3,2%) |
5.256 (3,8%) |
Vida civil em Israel |
11 (1,6%) |
1.261 (1%) |
10 (1,7%) |
1.293 (1,3%) |
26 (3,9%) |
7.426 (4,3%) |
12 (1,9%) |
1.694 (1,4%) |
5 (1%) |
1.316 (1,6%) |
4 (0,7%) |
1.201 (0,9%) |
Vida civil nos países da
Co-liga-ção |
12 (1,8%) |
1.052 (0,8%) |
9 (1,5%) |
1.568 (1,6%) |
7 (1,1%) |
1.767 (1%) |
5 (0,8%) |
1.100 (0,9%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
4 (0,7%) |
717 (0,5%) |
Vida civil nou-tros países |
16 (2,4%) |
1.997 (1,5%) |
2 (0,3%) |
195 (0,2%) |
15 (2,3%) |
2.937 (1,7%) |
10 (1,6%) |
1.463 (1,2%) |
3 (1,3%) |
585 (0,7%) |
8 (1,3%) |
1.721 (1,2%) |
Mani-festa-ções contra a
guerra em Por-tugal |
2 (0,3%) |
340 (0,3%) |
3 (0,5%) |
569 (0,6%) |
4 (0,6%) |
804 (0,5%) |
3 (0,5%) |
408 (0,3%) |
4 (0,8%) |
588 (0,7%) |
4 (0,7%) |
482 (0,3%) |
Mani-festa-ções contra a
guerra nos EUA e Oci-dente |
4 (0,6%) |
748 (0,6%) |
4 (0,7%) |
470 (0,5%) |
5 (0,8%) |
1.964 (1,1%) |
9 (1,4%) |
1.800 (1,5%) |
9 (1,9%) |
1.261 (15%) |
14 (2,3%) |
2.561 (1,9%) |
Mani-festa-ções contra a
inter-ven-ção, EUA e Israel no Iraque |
6 (0,9%) |
1.002 (0,8%) |
5 (0,8%) |
858 (0,9%) |
3 (0,5%) |
658 (0,4%) |
8 (1,3%) |
955 (0,8%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
5 (0,8%) |
1.136 (0,8%) |
Mani-festa-ções contra a
guerra em países não oci-dentais da Coli-gação |
8 (1,2%) |
944 (0,7%) |
4 (0,7%) |
704 (0,7%) |
4 (0,6%) |
859 (0,5%) |
4 (0,6%) |
638 (0,5%) |
1 (0,2%) |
221 (0,3%) |
2 (0,3%) |
280 (0,2%) |
Mani-festa-ções contra a
guerra nou-tros países |
13 (1,9%) |
2.145 (1,6%) |
9 (1,5%) |
1.651 (1,6%) |
6 (0,9%) |
1.928 (1,1%) |
9 (1,4%) |
1.726 (1,4%) |
2 (0,4%) |
712 (0,9%) |
7 (1,2%) |
3.046 (2,2%) |
Outros conte-údos e conteú-dos
mis-tos* |
129 (19%) |
40.368 (31%) |
181 (30,6%) |
33.071 (33,1%) |
56 (8,4%) |
20.504 (11,8%) |
192 (30,9%) |
44.706 (37,5%) |
170 (35,4%) |
10.941 (13,4%) |
135 (22,5%) |
24.593 (17,9%) |
*Inclui, por exemplo, imagens de prisioneiros de guerra, exercícios
militares, tropas e civis, tropas e líderes políticos, etc.
B) Situação nos
jornais semanários e na revista Sábado
Tabela 6
Imagens da Guerra do Golfo nos jornais
semanários e na revista Sábado
Órgão jornalístico |
Imagens (n.º total) |
Imagens (espaço ocupado em cm2) |
% do espaço de infor-mação sobre a Guer-ra ocupa-do por ima-gens |
Fotos (n.º) |
Fotos (espa-ço) |
Info- grá-ficos e mapas (n.º) |
Info- grá- ficos e mapas (espa-ço) |
Car-toons (n.º) |
Car-toons (espaço) |
Ima-gens da TV (n.º) |
Ima-gens da TV (espa-ço) |
Expresso |
201 (28,7/ edição) |
26.758 (3.822,6/ edição) |
11,6% |
180 (89,6%) |
21.289 (79,6%) |
7 (3,5%) |
1.868 (7%) |
7 (3,5%) |
2.824 (10,6%) |
7 (3,5%) |
777 (2,9%) |
O Indepen-dente |
93 (13,3/ edição) |
26.637 (3.805,3/ edição) |
25,9% |
72 (77,4%) |
14.542 (54,6%) |
7 (7,5%) |
4.482 (16,8%) |
11 (26,9%) |
7.169 (26,9%) |
3 (3,2%) |
444 (1,7%) |
O Jornal |
169 (24,1/ edição) |
25.500 (3.642,9/ edição) |
21,3% |
146 (86,4%) |
21.839 (85,6%) |
12 (7,1%) |
2.251 (8,8%) |
6 (3,6%) |
839 (3,3%) |
5 (2,9%) |
571 (2,3%) |
Semanário |
167 (23,9/ edição) |
40.015 (5.716,4/ edição) |
30,2% |
143 (85,6%) |
33.182 (82,9%) |
4 (2,4%) |
2.001 (5%) |
17 (10,2%) |
3.853 (9,6%) |
3 (1,8%) |
979 (2,5%) |
Sábado |
216 (30,9/ edição) |
20.990 (2.998/ edição) |
26,9% |
195 (90,3%) |
16.449 (78,4%) |
15 (6,9%) |
3.187 (15,2%) |
3 (1,4%) |
746 (3,5%) |
3 (1,4%) |
608 (2,9%) |
Nota 1: A negro carregado, entre parênteses, indica-se, nas duas
primeiras colunas, a média por edição; indicam-se igualmente entre parênteses,
nas últimas oito colunas, as percentagens de fotos, de cartoons, de infográficos e mapas e de imagens da TV no total de
imagens, em relação ao número e ao espaço ocupado.
Nota 2: Em O Independente, no
Caderno Vida, surge regularmente uma
secção humorística, designada “Rantanplan”, que vive à custa de imagens
televisivas (cerca de 24, ocupando duas páginas) comentadas com humor. Essas imagens não foram contabilizadas na
análise porque subverteriam os resultados.
Tabela 7
Origem das imagens
de TV aproveitadas pelos jornais semanários e pela revista Sábado
Origem |
Expres-so |
Expres-so |
O In-depen-dente |
O In-depen-dente |
O Jornal |
O Jornal |
Sema-nário |
Sema-nário |
Sábado |
Sábado |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TOTAL |
7 |
777 |
3* |
444* |
5 |
571 |
3 |
979 |
3 |
608 |
Não mencionada e indeterminável |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Produção nacional |
1 (14,3%) |
32 (4,1%) |
1 |
222 |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Produção estrangeira |
6 (85,7%) |
745 (95,9%) |
2 |
222 |
5 (100%) |
571 (100%) |
3 (100%) |
979 (100%) |
3 (100%) |
608 (100%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos ocidentais |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jornalísticos iraquianos |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jornalísticos árabes/ islâmicos |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Meios não jornalísticos israelitas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
CNN |
4 (57%) |
457 (58,8%) |
1 |
111 |
5 (100%) |
571 (100%) |
2 (66,7%) |
914 (93,4%) |
2 (66,7%) |
590 (97%) |
RTP |
1 (14,3%) |
32 (4,1%) |
1 |
222 |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Outras TV’s ocidentais |
1 (14,3%) |
215 (27,7%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
TV iraquiana |
1 (14,3%) |
73 (9,4%) |
1 |
111 |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (33,3%) |
65 (6,6%) |
1 (33,3%) |
18 (3%) |
Outras TV’s árabes ou islâmicas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
TV’s israelitas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Imagens de TV com menção a
censura |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos
ou não jornalísticos ocidentais não incluo os portugueses.
*Exclui as imagens da secção “Rantanplan”.
Tabela 8
Origem dos mapas e
infográficos dos jornais semanários e da revista Sábado
Origem |
Expres-so |
Expres-so |
O In-depen-dente |
O Inde-pen-dente |
O Jornal |
O Jornal |
Sema-nário |
Sema-nário |
Sábado |
Sábado |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TOTAL |
7 |
1.868 |
7 |
4.482 |
12 |
2.251 |
4 |
2.001 |
15 |
3.187 |
Não mencionada e
indeterminável |
6 (85,7%) |
1.717 (91,9%) |
7 (100%) |
4.482 (100%) |
3 (25%) |
1.258 (55,9%) |
1 (25%) |
222 (11,1%) |
10 (66,7%) |
2.124 (66,7%) |
Produção própria ou mista |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
3 (75%) |
1.779 (88,9%) |
1 (6,6%) |
378 (11,9%) |
Produção não própria nacional |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Produção estrangeira |
1 (14,3%) |
151 (8,1%) |
- |
- |
9 (75%) |
993 (44,1%) |
- |
- |
4 (26,7%) |
685 (21,5%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos ocidentais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Revistas militares ocidentais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jornalísticos ocidentais |
1 (14,3%) |
151 (8,1%) |
- |
- |
9 (75%) |
993 (44,1%) |
- |
- |
4 (26,7%) |
685 (21,5%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos
ou não jornalísticos ocidentais não incluo os portugueses.
Tabela 9
Origem das
fotografias nos jornais semanários e na revista Sábado
Origem |
Expres-so |
Expres-so |
O In-depen-dente |
O In-depen-dente |
O Jornal |
O Jornal |
Sema-nário |
Sema-nário |
Sábado |
Sábado |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TOTAL |
180 |
21.289 |
72 |
14.542 |
146 |
21.839 |
143 |
33.182 |
195 |
16.449 |
Não mencionada e indeterminável |
57 (31,7%) |
4.663 (21,9%) |
56 (77,8%) |
13.209 (90,8%) |
106 (72,6%) |
15.074 (69%) |
141 (98,6%) |
32.886 (99,1%) |
160 (82%) |
10.117 (61,5%) |
Produção própria |
14 (7,8%) |
2.709 (12,7%) |
16 (22,2%) |
1.333 (9,2%) |
10 (6,8%) |
1.705 (7,8%) |
- |
- |
14 (7,2%) |
2.179 (13,2%) |
Produção não própria nacional |
- |
- |
- |
- |
25 (17,1%) |
4.096 (18,8%) |
- |
- |
7 (3,6%) |
1.408 (8,6%) |
Produção estrangeira |
109 (60,5%) |
18.356 (65,4%) |
- |
- |
5 (3,5%) |
964 (4,4%) |
2 (1,4%) |
296 (0,9%) |
14 (7,2%) |
2.745 (16,7%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos ocidentais |
2 (1,1%) |
494 (2,3%) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos iraquianos |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos israelitas |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios não jornalísticos árabes/ islâmicos |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Revistas militares ocidentais |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jornalísticos ocidentais (inc. agências) |
107 (59,4%) |
17.862 (83,9%) |
- |
- |
5 (3,5%) |
964 (4,4%) |
2 (1,4%) |
296 (0,9%) |
14 (7,2%) |
2.745 (16,7%) |
Meios jornalísticos iraquianos (inc. agências) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jornalísticos israelitas (inc. agências) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Meios jornalísticos árabes/ islâmicos (inc. agências) |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
Fotos com menção a censura |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,7%) |
125 (0,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Nota: quando me refiro a meios jornalísticos
ou não jornalísticos ocidentais não incluo os portugueses.
Tabela 10
Conteúdo principal
das imagens nos jornais semanários e na revista Sábado
Conteúdo |
Expres-so |
Expres-so |
O Inde-pen-dente |
O Inde-pen-dente |
O Jornal |
O Jornal |
Sema-nário |
Sema-nário |
Sábado |
Sábado |
- |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
N.º |
Espaço (cm2) |
TOTAL |
201 |
26.758 |
93 |
26.637 |
169 |
25.500 |
167 |
40.015 |
216 |
20.990 |
Mapas + infográficos |
7 (3,5%) |
1868 (7%) |
7 (7,5%) |
4.482 (16,8%) |
12 (7,1%) |
2.251 (8,8%) |
4 (2,4%) |
2.001 (5%) |
15 (6,9%) |
3.187 (15,2%) |
Arsenal português |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (3,2%) |
333 (1,2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Arsenal americano (excepto se em
combate) |
24 (11,9%) |
2.646 (9,9%) |
5 (5,3%) |
889 (3,3%) |
17 (10%) |
2.288 (9%) |
7 (4,2%) |
1.926 (4,8%) |
33 (15,3%) |
3.828 (18,2%) |
Arsenal da Coligação (excepto
se em combate) |
6 (3%) |
859 (3,2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (1,2%) |
334 (0,8%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Arsenal iraquiano (excepto se em
combate) |
1 (0,5%) |
187 (0,7%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (1,8%) |
451 (1,8%) |
3 (1,8%) |
511 (1,3%) |
7 (3,2%) |
862 (4,1%) |
Arsenal israelita (excepto se em
combate) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Arsenal de outros países
(excepto se em combate) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (1,2%) |
204 (0,8%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,5%) |
108 (0,5%) |
Tropas e líderes militares de Portugal |
2 (1%) |
249 (0,9%) |
4 (4,3%) |
278 (1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,5%) |
14 (0,07%) |
Tropas e líderes militares dos EUA (excepto se em combate) |
12 (6%) |
2.141 (8%) |
10 (10,7%) |
2.514 (9,4%) |
16 (9,5%) |
2.158 (8,5%) |
30 (18%) |
9.188 (23%) |
21 (9,7%) |
1.758 (8,4%) |
Tropas e líderes militares da Coligação (excepto se em combate) |
11 (5,5%) |
1.716 (6,4%) |
3 (3,2%) |
367 (1,4%) |
9 (5,3%) |
2.181 (8,5%) |
7 (4,2%) |
1.259 (3,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Tropas e líderes militares de Israel |
1 (0,5%) |
240 (0,9%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (1,8%) |
296 (0,7%) |
6 (2,8%) |
1.074 (5,1%) |
Tropas e líderes militares do Iraque (excepto se em combate) |
2 (1%) |
405 (1,5%) |
3 (3,2%) |
1.111 (4,2%) |
3 (1,8%) |
705 (2,8%) |
4 (2,4%) |
926 (2,3%) |
11 (5,1%) |
2.544 (12,1%) |
Tropas e líderes militares de outros países |
2 (1%) |
400 (1,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
4 (2,4%) |
442 81,7%) |
2 (1,2%) |
185 (0,5%) |
4 (1,9%) |
237 (1,1%) |
Líderes políticos portugueses |
0 (0%) |
0 (0%) |
10 (10,7%) |
889 (3,3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
7 (4,2%) |
962 (2,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Líderes políticos americanos |
5 (2,5%) |
320 (1,2%) |
1 (1,1%) |
56 (0,2%) |
6 (3,5%) |
1.048 (4,1%) |
10 (6%) |
2.630 (6,6%) |
5 (2,3%) |
591 (2,8%) |
Líderes políticos de países da
Coligação |
10 (5%) |
631 (2,4%) |
4 (4,3%) |
462 (1,7%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
9 (5,4%) |
2.571 (6,4%) |
1 (0,5%) |
14 (0,07%) |
Líderes políticos iraquianos |
10 (5%) |
726 (2,7%) |
5 (5,4%) |
3.856 (14,5%) |
10 (5,9%) |
1.947 (7,6%) |
14 (8,4%) |
1.954 (4,9%) |
6 (2,8%) |
806 (3,8%) |
Líderes políticos israelitas |
6 (3%) |
733 (2,7%) |
1 (1,1%) |
34 (0,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,6%) |
74 (0,2%) |
1 (0,5%) |
33 (0,2%) |
Líderes políticos de outros países e organizações internacionais |
11 (5,5%) |
867 (3,2%) |
2 (2,1%) |
167 (0,6%) |
10 (5,9%) |
1.900 (7,5%) |
6 (3,6%) |
741 (1,9%) |
8 (3,7%) |
252 (1,2%) |
Combate (todas as nações: ponto de vista aliado) |
3 (1,5%) |
922 (3,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (1,2%) |
185 (0,5%) |
3 (1,4%) |
601 (2,9%) |
Combate (todas as nações:
ponto de vista iraquiano) |
2 (1%) |
412 (1,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,5%) |
175 (0,8%) |
Destruição ou ameaça de
destruição no Iraque |
9 (4,5%) |
1.303 (4,9%) |
1 (1,1%) |
111 (0,4%) |
7 (4,1%) |
1.129 (4,4%) |
6 (3,6%) |
2.371 (5,9%) |
11 (5,1%) |
1.708 (8,1%) |
Destruição ou ameaça de destruição em áreas militares
americanas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Destruição ou ameaça de
destruição em áreas militares não americanas da Coligação |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Destruição ou ameaça de
destruição em países da Coligação |
1 (0,5%) |
157 (0,6%) |
1 (1,1%) |
296 (1,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Destruição ou ameaça de
destruição em Israel |
4 (2%) |
577 (2,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,6%) |
111 (0,3%) |
1 (0,5%) |
510 (2,4%) |
Destruição ou ameaça de
destruição no Koweit |
1 (0,5%) |
110 (0,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Vítimas militares do Iraque |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (1,4%) |
264 (1,3%) |
Vítimas militares americanas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,5%) |
97 (0,5%) |
Vítimas militares de países da Coligação |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Vítimas militares israelitas |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Vitimas civis iraquianas |
1 (0,5%) |
275 (1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (1,4%) |
455 (2,2%) |
Vítimas civis de países da
Coligação |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Vítimas civis israelitas |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (1,1%) |
111 (0,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
1 (0,5%) |
38 (0,2%) |
Vida civil em Portugal |
1 (0,5%) |
221 (0,8%) |
9 (9,7%) |
1.334 (5%) |
7 (4,1%) |
1.172 (4,6%) |
2 (1,2%) |
445 (1,1%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Vida civil no Iraque |
5 (2,5%) |
868 (3,2%) |
1 (1,1%) |
111 (0,4%) |
7 (4,1%) |
1.158 (4,5%) |
2 (1,2%) |
445 (1,1%) |
23 (10,6%) |
1.016 (4,8%) |
Vida civil em Israel |
10 (5%) |
1.162 (4,3%) |
1 (1,1%) |
111 (0,4%) |
3 (1,8%) |
499 (2%) |
2 (1,2%) |
163 (0,4%) |
1 (0,5%) |
104 (0,5%) |
Vida civil nos países da
Coligação |
12 (6%) |
1.199 (4,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
5 (3%) |
699 (2,7%) |
17 (10,2%) |
3.445 (8,6%) |
4 (1,9%) |
301 (1,4%) |
Vida civil noutros países |
9 (4,5%) |
1.167 (4,4%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
8 (4,7%) |
2.407 (9,4%) |
2 (1,2%) |
296 (0,7%) |
3 (1,4%) |
169 (0,8%) |
Manifestações contra a
guerra em Portugal |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Manifestações contra a
guerra nos EUA e Ocidente |
4 (2%) |
797 (3%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
2 (1,2%) |
593 (1,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Manifestações contra a
intervenção, EUA e Israel no Iraque |
6 (3%) |
1.031 (3,8%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Manifestações contra a
guerra em países não ocidentais da Coligação |
1 (0,5%) |
444 (1,6%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Manifestações contra a
guerra noutros países |
10 (5%) |
947 (3,5%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
3 (1,8%) |
815 (2%) |
0 (0%) |
0 (0%) |
Outros conteúdos e
conteúdos mistos* |
12 (6%) |
1.178 (4,4%) |
22 (23,6%) |
9.125 (34,2%) |
40 (23,7%) |
2.861 (11,2%) |
19 (11,4%) |
5.588 (14%) |
32 (14,8%) |
2.268 (10,8%) |
*Inclui, por exemplo, imagens de prisioneiros de guerra, exercícios
militares, tropas e civis, tropas e líderes políticos, etc.
[1] Contactos: j.p.sousa@mail.telepac.pt. Os dados que serviram para a realização
deste trabalho foram recolhidos por uma equipa de alunos do 3º ano de Ciências
da Comunicação da Universidade Fernando Pessoa, constituída pelos seguintes
elementos: Luís Caçador; Maria José Teixeira; Isabel Sampaio; Marta Arruda;
Sandra Rodrigues; Ricardo Vale; Paulo Nogueira; Mónica Vilela; Andreia
Valdigem; Berta Oliveira; Elsa Lima; Susana Duarte; Elisabete Pereira; Ana Fonseca;
Maria João Gomes; e Helder Costa.
Alguns dos dados foram recuperados da minha dissertação de licenciatura,
intitulada Incógnitas da Incerteza:
Reflexões Sobre Jornalismo e Comunicação a Propósito da Guerra do Golfo,
apresentada à Escola Superior de Jornalismo do Porto em 1992, tendo sido
reunidos por mim e pelo colega e amigo Prof. Dr. Jorge Marinho.
[2] Foram essencialmente quatro -entre as 12 aprovadas durante a crise do Golfo- as resoluções do Conselho de Segurança das Nações
Unidas que levaram ao uso da força para libertar o Koweit: a 6 de Agosto de
1990, a resolução 661 decretou o embargo comercial, financeiro e militar ao
Iraque; a 25 de Agosto de 1990, a resolução 665 pede aos estados-membros que
enviem forças navais para a região e que “adoptem medidas proporcionadas às
circunstâncias do momento, conforme for necessário, sob autoridade do Conselho
de Segurança, para deter os navios mercantes”, de maneira a fazer aplicar a
resolução 661; a 25 de Setembro, a resolução 670 alarga o embargo a todo o tráfego
aéreo; a 29 de Novembro, a resolução 678 deu ao Iraque um prazo limite (15 de
Janeiro de 1991) para cumprir todas
as anteriores resoluções e anunciou que as nações aliadas recorreriam a todos os meios, incluindo o uso da força militar,
para obrigar os iraquianos a retirar do Koweit.
[3] A par de várias outras interrogações, este é um
dos factos de guerra ainda desconhecido: quantos iraquianos morreram no
conflito, nomeadamente nos bombardeamentos e na “auto-estrada da morte”?
[4] Um dos principais problemas da pesquisa residiu no
facto das colecções dos jornais estudados existentes na Biblioteca Municipal do
Porto se encontrarem rateadas e, por vezes, em mau estado. Por exemplo, por vezes faltavam cadernos
regulares e até cadernos especiais e suplementos sobre a Guerra do Golfo que
eram anunciados nas primeiras páginas dos jornais; outras vezes faltavam
páginas. Inclusivamente, nem sempre a
organização das encadernações obedecia a critérios cronológicos, encontrando-se
cadernos de vários números encadernados fora de ordem. Como o presente estudo se limitou ao
material disponível para análise nessa Biblioteca, ele poderá pecar por falta
de total exactidão. Todavia, estou em crer
que o material sujeito a análise foi suficiente para avaliar as grandes tendências da cobertura
jornalística imagética da Guerra do Golfo por parte da imprensa portuguesa com
um elevado índice de fiabilidade e, portanto, de credibilidade.