Informação multimédia: quando os leitores são
construtores de narrativas
Ricardo Nunes1
``If you write it well, readers will come''
Roy Peter Clark
A leitura e a descoberta dos documentos on-line vão exigir uma
pedagogia, uma nova aprendizagem que exige complexas operações
cognitivas, pois só aparentemente o utilizador se movimenta num quadro
de facilidades. Esta é, seguramente, uma das ironias da aventura
digital: o processo on-line não previu uma aprendizagem formal por parte dos
leitores. O novo formato impôs-se enquanto modelo, forçando a uma
pedagogia autodidacta, contrariamente ao tradicional ensino livresco e
presencial de uma sala de aula. Circunstância que faz da Internet, um
imenso laboratório de novas experiências em tempo real.
A Internet surge aos nosso olhos como esse espaço virtual ilimitado que
colide com a atenção limitada por parte dos leitores. Escrever para
a rede, como defende Carole Rich, implica conhecer os hábitos de leitura
on-line. Por seu lado, Jakob Nielsen, autor de vários estudos sobre esta
matéria, não encontra na rede os mesmos parâmetros de leitura
que se registam num documento tradicional. Esta dificuldade genérica
traduz-se num valor determinado, já que ler na Web é 25 por cento
mais difícil devido, principalmente, à resolução do
ecrã. Face a esta condicionante técnica, o autor defende uma
redução nos textos para metade, simplicidade na linguagem e
descrição dos elementos através da clássica pirâmide
invertida de informação.
Essencialmente, os leitores assumem o papel de scanners
que procuram informação. É uma das ideias centrais que
podem ser observadas nas investigações de Nielsen, feitas
entre 1994 e 1997, em parceria com John Morkes. ``Our studies
suggest that current Web writing often does not support users in
achieving their main goal: to find useful information as quickly
as possible. We have come do realize that content is king in the
user's mind. When a page comes up, users focus their attention on
the center of the window where they read the body text before they
bother looking over headerbars or other navigational
elements''2.
O caso concreto do USA Today é revelador da
importância da leitura e dos novos media, articulada com os
conceitos de velocidade e tempo. Quando foi pensado na sua
versão impressa, houve a intenção dos seus criadores
em desenvolver um produto que pudesse satisfazer as necessidades
de informação de um passageiro de aeroporto ``(...)in a
rush to get their information before the plane takes
off''3. O modelo de sucesso, foi
transportado para a Web e desde então serve de bandeira a quem
tem a responsabilidade de apresentar informação
on-line. No limite, defende Rich ''On the Web, all
readers who are scanners should be considered airport
travelers.''4 Carole Rich constata que na maior
parte dos casos, os cibernautas correm o texto, utilizando a
visão como um scanner, e, frequentemente, imprimem-no para
retirarem dele mais potencialidades.
O fenómeno da nova leitura, baseado no dispositivo
comunicacional emergente permite perspectivar o nascimento de uma
nova geração de consumidores on-line. Constata
Carol Rich que ``If most Web readers are only scanners now, the
generation that is growing up with the Web could well become
serious readers.To limit our vision of writing forms for a current
generation of scanners is short-sighted'' 5(28.2.99). Daqui realço a
constatação da autora, ao sustentar a existência de
uma scanner generation, mas também, a forte
convicção de que, desta técnica de leitura
transversal, caminharemos para uma aquisição de
competências que permita a exploração integral das
notícias hipertextuais.
Enquanto não se adquirem as técnicas de escrita mais eficazes e as
competências de leitura que tirem o melhor partido dos documentos
on-line, os investigadores procuram determinar os hábitos de leitura de modo a
aperfeiçoar a produção informativa. A este nível, o
trabalho realizado pelo Stanford Poynter Project da Universidade de Stanford, tem sido de extrema
importância, oferecendo uma investigação sistemática e com
resultados reconhecidos.
Num primeiro momento, uma equipa de investigadores registou
durante quatro anos os modos e hábitos de leitura dos
consumidores de informação on-line nas suas
próprias casas e locais de trabalho. Foi possivel determinar
alguns indicadores que permitem mostrar uma panorâmica
alargada sobre os hábitos de consumo on-line. ``We
learned that they read mainstream general news sources and
traditional specialty news providers. They had often tried
customized news, but given that up ``because I might miss
something I ought to know about''. They read multiple news site in
about 30-minute sessions. They were news junkies, still reading
newspapers, magazines, listening to radio news. Most of them had
been reading on-line news for about one year or less''
6
Depois deste primeiro levantamento, houve necessidade de obter mais
informações pormenorizadas, nomeadamente, qual o tipo de
estórias procuradas com mais frequência e em que locais, se os
consumidores tinham por hábito ler os artigos na sua totalidade ou
apenas as headlines, qual a importância atribuida às fotografias,
gráficos e publicidade, quando confrontados com desenvolvimentos
dinâmicos se costumam regressar ao texto ou site original e ainda como
se movem os leitores por entre a multiplicidade de sites.
Recorrendo à técnica da micro-filmagem dos movimentos oculares, a
mesma equipa registou, durante dois anos, sinais de uma enorme riqueza.
Apesar de não estarem analisados os 608,063 registos oculares e as
24,530 ordens de comando através do rato, é já possivel tirar
algumas ilações. Das conclusões alcançadas, seleccionarei as
que considero decisivas para o presente trabalho.
``So on-line news has brought them back to the news
reading fold. Most have been reading on-line for two or
more years now. They still don't customized news much, for the
same reason as before: they might miss ``something important''
7, referem os investigadores.
A equipa da Universidade de Stanford, depois de avaliar para onde
se deslocam os olhos quando confrontados com a página inicial
de notícias conclui que, contrariamente ao que se possa
pensar, o olhar centra-se no texto. ``To text, most likely. Not to
photos or graphics, as you might expect. Instead, briefs or
captations get eye fixations first, by and large. The eyes of
on-line news readers then come back to the photos and
graphics, sometimes not until they have returned to the first page
after clicking away to a full article''
8
O estudo mostra que 92 por cento dos participantes centraram o
olhar no texto das notícias, sendo que o texto das
notícias breves resgatou 82 por cento da atenção dos
leitores. Embora a atenção preferencial dispensada ao
texto pudesse estar viciada porque é o primeiro elemento a
revelar-se aquando da abertura de uma página na rede, no
entanto, os envolvidos no estudo estão em condições de
assegurar que ``Nonetheless, the provider's first chance to engage
the reader is through text''
9
Contrariando também algumas ideias pré-concebidas,
``(...)we found that banner ads do catch on-line readers'
attention. For the 45 percent of banner ads looked at at all, our
subject's eyes fixated on them for an average one second. That is
long enough to perceive the ad''
10. Os autores referem ainda que ``Graphics other than
banners were looked at 22 percent of the time, and also received
about a second's eye fixation. Sixty-four percent of photos were
looked at on average about one-hand-a-quarter second''11
O estudo vem mostrar que os leitores on-line, recorrem intensivamente ao clicking e ao
scrolling para navegar nas páginas e que, geralmente lêem de modo superficial,
mas de forma ampla. A maioria selecciona os tópicos de maior interesse,
fazendo em seguida uma leitura em profundidade.
A investigação sugere a designação de ``heavy
readers'', a todos os leitores que contabilizem o maior número
de items lidos on-line. ``A heavy reader is someone who
reads significantly more than the usual number of items in a
subject area as judged by the distribution of items read in that
area. For example, a heavy reader of sports is someone who read 20
or more sports items. A heavy readers of local news is someone who
read 10 or more local items'' 12. Os
investigadores esclarecem que esta avaliação é feita
tendo em conta a distribuição dos padrões que variam
de acordo com as categorias seleccionadas.
Dos resultados alcançados sublinho ainda três tópicos
reveladores dos hábitos de leitura: ``However, mainstream news
sources have not been abandoned. Most of the speciality providers
present news in a traditional manner that can be considered
mainstream''
13. Por outro lado, ``Internet news readers are spending
more time and activity with traditional news providers should be
encouraging to newspaper editors who are in the Internet news
world, too''14. Uma
última nota que contraria os entusiastas das custom
news, pois, os leitores da Internet revelam preocupação
pela generalidade da informação noticiosa ``not just to
their personal interests''
15
Cibernautas - construtores de narrativas
Se o ciberespaço é o palco dos que produzem informação e conteúdos,
não deixa de ser verdadeiro que os leitores, os utilizadores da Net,
são igualmente obreiros que assumem a construção de uma
narrativa baseada na interactividade permanente. Desta forma, as
definições dos papéis joga-se agora numa dialéctica
permanente, já que o protagonismo do emissor, do receptor e do
arquitecto da obra são peças de um jogo, dinamicamente exploradas.
Gianfranco Bettetini sugere que ``(...)no caso da computação
gráfica, o receptor é um usuário-operador que toma para si esses
dois papéis{de emissor e receptor}. Continuam a existir também
escolhas potenciais prefiguradas pelo sistema (vertente do enunciador);
todavia, essas escolhas intercruzam com as operações realizadas pelo
usuário (vertente do enunciado), que se reveste dos papéis de
receptor e co-transmissor simultaneamente''16
Emana desta citação a ideia central de que a
definição de papéis ganhou elasticidade já que
há uma influência constante entre o que está
disponível para consulta e o modo como essa consulta se vai
processar. Significa que leitor e media são interlocutores
permanentes, que se movimentam num jogo de forças. Significa
que só aparentemente o sentido se encontra previamente
construído, já que vai ser o fruto desta relação
que origina cada leitura e percurso particular. ``Personalized
news eliminates or greatly reduces the role of the editor in the
news equation. The reporter writes the story, the copy editor (if
there is one) edits it, another person indexes it for easy
retrieval, and the user decides what's important''.17
Estamos perante um processo comunicativo baseado no diálogo permanente
através da escolha deliberada, da circularidade e também da
reciprocidade constante. Progressivamente, vai ficando mais clara, a
diferença substancial quanto ao envolvimento do leitor frente a um
dispositivo digital de informação. Enquanto consumidor de um livro,
os cenários, os ambientes e as personagens surgem numa estrutura
iniciada por ``Era uma vez...'' e que eventualmente, terminará - ``...e foram felizes para sempre''. O envolvimento de quem
consome um produto de leitura convencional, passa essencialmente por
conseguir ``entrar'' dentro da obra, experimentando a intensidade das
descrições, as vidas, os dramas, felicidades e desgostos que
desfilam frente aos nosso olhos. No caso concreto da escrita hipertextual,
assistimos à transformação radical dos elementos da narrativa.
Embora o jornalista possa ter o cuidado de cumprir a estória com um
lead bem estruturado, que suceda a um desenvolvimento e a uma eventual
conclusão, no entanto, a escrita produzida não significa que,
obrigatoriamente, o consumidor a leia de modo linear. Neste sentido, o
produto on-line de matriz hipertextual terá tantas narrativas possíveis,
quantos forem os percursos feitos pelos utentes desse serviço
Na prática, o desenrolar de uma escrita não linear, deve
obedecer a princípios defendidos por vários especialistas
nesta matéria. Em The Gutenberg Elegies:The Fate of
Reading in an Electronic Age, Sven Birkets entende que a
linguagem hipertextual ``Changes the entire system of power upon
which the literary experience has been predicated''18. Para este autor, quando uma
pessoa entra no jogo da escrita interactiva, progressivamente
liberta-se da presença ostensiva do autor do texto - ``Once a
reader is enabled to collaborate, participate or in any way engage
the text as an empowered player who has some say in the outcome of
the game, the core assumptions. The imagination is liberated from
the constraints of being guided at every step by the author!''
19.
Reconhece o autor que esta possibilidade dada ao leitor, esta
margem de manobra em escolher um percurso, seleccionar
alternativas, pode afectar, negativamente, a atenção e a
compreensão dos documentos uma vez que a estrutura que se
apresenta revolucionária em termos técnicos e de
experiência social, implica um enorme esforço de
envolvimento. A fractura permanente no texto digital é um
desafio aos leitores do ciberespaço: ``The reading
surface was fractured, rendered collage - like by the appearance
of starred keywords and suddenly materialized menu boxes''
20.
Navegar passa a significar, construir uma narrativa, no caso
concreto, uma narrativa não linear que permite novos
horizontes à informação digital. A tecnologia
hipertextual coloca profundos desafios no que toca aos efeitos,
não apenas sobre a escrita, mas também sobre os mecanismos
de leitura. Defende Mike Sandbothe que ``Every reader lays his own
trail in the text whilst reading. Or rather, every reader composes
the object he reads through the active selection of the links
provided. The individual reception perspective determines the
sucession of the text building blocks.''21
Defende ainda Sandbothe, ``Reading is no longer a passive process
of reception, but rather becomes a process of creative interaction
between readerm authorm and the text''.22
Pelo exposto, entendemos que a cada sujeito se abre a perspectiva
de trilhar os documentos hipertextuais, de uma forma singular,
eventualmente irrepetivel.
E o que poderão exigir os ciber-leitores cada vez que
procurarem informação on-line? Das muitas
respostas possiveis, Jeff Boulter sintetiza a ideia central,
``Readers will demand much more than just simple text for getting
their news. Multimédia allows the incorporation of text,
sound, graphics, and movies into the news''23. Mais adiante o autor dá sinais de
algum entusiasmo quando afirma que ``The future fo
on-line publishing will be very exciting. Multimédia,
pointcasting, and interactive services will change the way we read
and perceive the news''.24
Será a conquista de competências e a descoberta
progressiva face ao novo medium que marcarão os tempos da era
digital. Uma época na qual o leitor assumirá um papel
determinante na escolha e na valorização da
informação que se encontra disponível, já que o
modo como as notícias se encontram formatadas sugere um
processo individual de leitura/construção dos vários
enunciados. A conquista de ferramentas, para melhor utilizar a
informação, irá depender da capacidade criativa de
quem a produz e da assimilação de novos utensílios,
por parte de quem consome e constrói narrativas. Regista-se
uma alteração do foco central da produção da
notícia, papel habitualmente atribuido ao jornalista, para um
co-editor que se encontra on-line. Daí que Walter Bender
defenda que ``The news consumer is turning into a news provider.
It's not that these news consumers will compete with the New York
Times, but the consumer becomes part of the process of telling
stories in a way that enriches the public discourse''.25
Se o quadro da produção e do consumo de notícias se alterou
radicalmente, a partir do momento em que a informação se sentiu
seduzida pela linguagem digital, não é menos verdade que a forma
como as empresas e as sociedades foram lidando com o produto emergente
também introduziu uma abordagem original. A partir do momento, em que a
notícia se inscreve na louca aventura do multimédia, ela ganha a marca sufocante da actualidade e
assiste a uma alteração profunda nos seus procedimentos. Inscrita
num portal, num site com identidade própria (jornal, rádio,
terlevisão) ou noutro formato, a notícia reveste-se de todas as
suas características, ganhando um estatuto abrangente: a notícia
enquanto peça fundamental da revolução industrial e informativa
do novo milénio. A interpretação de notícia/conteúdo,
tornou-se elemento fundamental para entender, o novo quadro informativo
contemporâneo, mas também as lógicas empresariais que buscam o
lucro e a rentabilização dos meios. A notícia assume-se como um
conteúdo por excelência, e será este reinado que marcará o
futuro da informação digital.
- 1
- Mestre em Ciências da
Comunicação. Escola Superior de Educação do
Instituto Politécnico de Setúbal.
- 2
- NIELSON, Jakob, citado por RICH, Carole,
Newswriting for the Web - a study for the poynter of
Media Studies, University of Alaska Anchorage, 1998,
<http://www.cwolf.alaska.edu/~ afer/poynterhome.htm>
(28.2.99)
- 3
- RICH, Carole, Newswriting for the Web - a
study for the poynter of Media Studies, University of Alaska
Anchorage, 1998, <http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm> (28.2.99)
- 4
- RICH, Carole, Newswriting for the
Web - a study for the poynter of Media Studies, University of
Alaska Anchorage, 1998, <http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm>(28.2.99)
- 5
- RICH, Carole,
Newswriting for the Web - a study for the poynter of Media
Studies, University of Alaska Anchorage, 1998,
<http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm>
- 6
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 7
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm>
(17/06/00)
- 8
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 9
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 10
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm>
(17/06/00)
- 11
-
<http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 12
-
<http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 13
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm>
(17/06/00)
- 14
-
<http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 15
- <http:www.poynter.org/eyetrack2000.body.htm> (17/06/00)
- 16
- BETTETINI, Gianfranco,
Semiótica, Computação Gráfica e Textualidade,
in PARENTE, André (org.) Imagem Máquina: a era das tecnologias do
virtual. Rio de Janeiro, Ed.34, 1993.p65-71, citado por SANCHES, Fabiola
Caixeta, Jornalismo Digital, um estudo sobre o novo gênero
josrnalístico, monografia apresentada à Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais para a
obtenção do título de bacharel em Comunicação Social,
1997.
- 17
-
LASICA, J.D., Personalization on the Web: The Daily Me,
2000, <http://www.well.com/~ jd/personalization.html>
(06/04/00)
- 18
-
BIRKETS, Sven, citado por RICH, Carole, Newswriting for the Web -
a study for the poynter of Media Studies, University of Alaska
Anchorage, 1998, <http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm> (28.2.99)
- 19
- BIRKETS, Sven, citado por RICH, Newswriting for the Web
- a study for the poynter of Media Studies, University of Alaska
Anchorage, 1998, <http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm> (28.2.99)
- 20
- BIRKETS, Sven, citado por RICH, Carole, Newswriting for
the Web - a study for the poynter of Media Studies, University of
Alaska Anchorage, 1998, <http://www.cwolf.alaska.edu/~
afer/poynterhome.htm> (28.2.99)
- 21
- SANDBOTHE,
Mike, Interactivity - Hypertextuality - Transversality - A
media - philosophical analysis of the Internet, 1/Março/1996,
<http://www.uni-jena.de/ms/tele/e_intro.html> (22/03/99)
- 22
- SANDBOTHE,
Mike, Interactivity - Hypertextuality - Transversality - A
media - philosophical analysis of the Internet, 1/Março/1996
- <http://www.uni-jena.de/ms/tele/e_intro.html> (22/03/99)
- 23
- BOULTER,
Jeff, On line publishing: the past, present, and future of
electronic distribution, 1995, <http://www.nepressence.com/boulter/jeff/on-linepub.html> (18.5.95)
- 24
- BOULTER, Jeff, On line
publishing: the past, present, and future of electronic
distribution, 1995,
<http://www.nepressence.com/boulter/jeff/on-linepub.html>
(18.5.95)
- 25
-
BENDER, Walter, citado por LASICA. J.D., ``Citizens as
budding reporters and editors'', American Journalism Review,
Julho-Agosto, <http://www.well.com/~ jd/coljul99.html>
(04/06/00)