Turismo e a formação escolar no domínio do Ensino Superior na Guarda

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José Luís Lima Garcia, Instituto Politécnico da Guarda

 

 I - A formação profissional e algumas considerações de carácter genérico

Até aos finais do século XIX viajar era um privilégio que cabia apenas às classes mais favorecidas. A falta de condições económicas, de vias, de meios de transportes adequados, a ausência de medidas de segurança, fizeram com que a designação etimológica do conceito de turismo, dar uma volta, de acordo com a expressão francesa faire un tour, se restringisse a um espaço muito fechado e condicionado. O aparecimento de novos meios de transporte, sobretudo a partir da Revolução Industrial inglesa, fizeram com que o comboio se tornasse o meio mais indicado, não só para se realizar qualquer viagem de negócios, mas também outro tipo de viagens ligadas ao lazer e à recreação, sobretudo se essa viagem passasse a ter uma duração de mais de 24 horas. Quem não se lembra da bela descrição literária da viagem que José Fernandes e Jacinto, duas das personagens principais do romance de Eça de Queirós A Cidade e as Serras fizeram de França, atravessando toda a Espanha até Portugal, através deste meio de transporte tão em voga no final do século passado: “ Um silvo, outro silvo!...Luzes mais fortes, longe palpitaram na neblina. As rodas trilharam , com rijos solavancos, os encontros de carris. Enfim, Medina!... Um muro sujo de barracão alvejou - e bruscamente à portinhola aberta com violência, aparece um cavalheiro barbudo, de capa à espanhola, gritando pelo Sr. D. Jacinto!...Depressa! Depressa! Que parte o comboio de Salamanca!” (  Vid. Eça de Queirós, A Cidade e as Serras, Lisboa, Círculo de Leitores, 1980, pp.110 e 111).

Hoje fazer turismo já não é a aventura que Eça de Queirós nos retratava neste tão singular romance mas, principalmente nos anos setenta, do nosso século, um lugar comum que levou pessoas de todos os credos, raças e estratos sócio - económicos a apanhar todo o tipo de transportes de terra, mar e ar para, na ânsia de conhecer novas gentes e costumes. E a deslocarem-se também de um lado para o outro em migrações conjunturais e sazonais que provocaram maciças e importantes movimentações de populações. Segundo a revista Fórum Estudante de 1995, poder-se-iam contabilizar em cerca de 150 milhões de pessoas por ano em viagem, tornando mais verdadeiro o slogan da globalização desta nossa planetária aldeia. Por esse motivo, o conceito de turismo actual é cada vez mais uma realidade complexa a exigir novos produtos, nova estruturas e pessoal mais especializado e qualificado. Este último atributo tem, pois, muito a ver com a formação e esta com a escola e com a aprendizagem de atitudes, comportamentos e técnicas para a promoção de quadros vocacionados para a gestão nas empresas e instituições públicas e privadas que tenham a ver com este ramo do lazer. A formação adquirida na escola terá, pois, que proporcionar conhecimentos técnicos e científicos ligados ao saber, mas também conhecimentos operacionais ligados ao saber fazer e qualidades profissionais indispensáveis à aplicação desses conhecimentos que constituirão o saber ser. Deste modo, poderemos considerar que as competências técnicas curriculares adquiridas na escola e as competências não técnicas alcançadas na escola da vida ao longo do processo de socialização do indivíduo e da formação da sua própria personalidade como ser humano, como a motivação, o sentido de responsabilidade, a independência, a autonomia e a vontade de aprender, poderão ser atributos importantes na bagagem cultural destes jovens que quererão integrar-se no mercado de trabalho e do sector turístico nacional e/ ou internacional. Assim, num plano geral de formação profissional de um quadro do sector turístico, dever-se-ão ter em conta os seguintes considerandos:

1ª fase: Determinação das necessidades

Será importante analisar as disponibilidades organizacionais e os recursos económicos da empresa/ instituição e, ainda, saber a que tipo de grupo profissional se destina, que tipo de formação se pretende, que matérias a abordar, durante quanto tempo, para que posto, quais os prazos.

2ª fase: Determinação dos objectivos

Trata-se de estabelecer metas, pontos de partida e de chegada sempre concretos e motivadores que possam ser executados em devido tempo. No caso específico da actividade profissional do Turismo poder-se-ão projectar metas de tipo seguinte: melhoria da qualidade total do serviço; aumento da produtividade; especialização do pessoal; reprodução de benefícios.

3ª fase: Determinação de estímulos

            O lançamento do programa deverá ser feito em dois sentidos ou direcções: um motivando as pessoas que vão seguir a actividade de formação, outro estimulando os formadores e todos aqueles que possam influir no êxito e bom andamento deste plano: chefes, directores, quadros médios, representantes do pessoal.

4ª fase: Programação

Esta fase é aquela que se poderá considerar mais técnica e que deverá ter em conta todos os pressupostos pedagógicos do plano de formação. Assim, deverá contemplar as seguintes estratégias: Programação das matérias e dos conteúdos que se deverão ensinar; escolha e preparação dos monitores e responsáveis pela formação; escolha e adequação das técnicas que deverão ser utilizadas; aplicação dos recursos e materiais didácticos; acerto dos locais e dos horários. Esta fase tem, pois, uma forte componente logística e organizativa.

5ª fase: Concretização

É a última fase da realização e execução no terreno dos pressupostos planeados para esta formação específica de técnicos de Turismo e, por isso, tem muito de vivência interactiva da relação que se estabelece entre quem ensina e quem aprende. Portanto esta fase terá muito de pedagógico, mas também de didáctico, no sentido da aplicação de conhecimentos. Para além da utilização de pressupostos cognitivos e psico - motores, terá forçosamente de ter motivações afectivas, pois um aluno ou formando que não revele empatia pela matéria e pelo professor não poderá ansiar pelo sucesso do curso, nem expressar livre e apaixonadamente as suas ideias e opiniões.

6ª fase: Avaliação

A avaliação será sempre o feed-back da situação ou, dizendo melhor, o controle sobre a assimilação de conhecimentos feitos ao longo do processo de aprendizagem e de formação baseado nas modernas técnicas de aprendizagem. Hoje esta pode fazer-se de uma forma polifacetada tornando mais rico e global este processo de enriquecimento profissional. Assim, de entre os vários métodos de formação conhecidos actualmente poderemos confrontar-nos com os seguintes:

1.A formação acelerada: formação baseada em sequências pequenas que se vão repetindo progressivamente até ao nível de uma aprendizagem com sucesso;

2.Estudo de um caso: discussão em grupo de casos práticos para ajudar a encontrar soluções e a tomar decisões;

3.A discussão em grupo: sistema parecido com o anterior e que ajuda a formar através da resolução de problemas;

1.O ensino programado: é exposta a matéria na forma de pequenas sequências e depois o aluno deverá ser confrontado com questões que permitirão saber se o mesmo compreendeu e assimilou as informações veiculadas;

2.O ensino à distância: permite desenvolver o programa de formação de um modo virtual e sem a presença tradicional do professor formador. É um sistema cómodo, mas sem o rigor da formação presencial;

3.Os sistemas interactivos: são as técnicas mais actualizadas de formação e que têm a ver com as novas tecnologias, nomeadamente com a informática e especialmente com a “Internet” e as novas auto-estradas da informação. Possivelmente serão os métodos de formação mais adequados ao contexto temporal do novo século que se  aproxima vertiginosamente. (Vid. Josep Serrat Juliá, La Gestión de Personal en la Empresa Turística, Madrid, Editora Ramón Areces, 1996, pp.152 a 157).

 

II-   A formação universitária em Turismo em instituições estatais no distrito da Guarda

 

O distrito da Guarda e toda esta região da Beira Alta tem fortes potencialidades humanas que infelizmente continuam a ser pouco exploradas e rentabilizadas. Neste sentido o Ensino Superior Politécnico, em Portugal, foi uma conquista tardia do pós 25 de Abril de 1974, nomeadamente só a partir de 1977, embora a primeira Escola tivesse começado a funcionar no ano de 1983. No caso concreto do Instituto Politécnico da Guarda a sua Escola Superior de Educação começou a funcionar a partir do ano lectivo de 1986/87, tendo os primeiros diplomados em ensino desta Escola (Professores Primários, Educadores de Infância, Professores de Educação Física e Musical) obtido o seu diploma de bacharelato em 1989, sendo portanto a formação de técnicos qualificados com uma habilitação superior um dos objectivos desta instituição estatal. Para  diversificar estes cursos iniciais o Instituto, em boa hora, quando o mercado de trabalho dos professores se encontrava saturado e em crise de colocação, decidiu criar, a partir do ano lectivo de 1992, a valência de comunicação com os cursos de Comunicação em Relações Públicas e em Relações Económicas. Assim, no ano lectivo de 1997/98 foi finalmente criado o curso de Turismo, no seguimento do reforço de cursos ligados ao ramo da Comunicação e das Novas Profissões. Na fundamentação que presidiu ao pedido de criação deste curso, na Escola de Educação da Guarda, invocaram-se as seguintes razões:

 

1.    A Guarda disfruta de uma localização geográfica excelente. Distando apenas 40Km da fronteira rodoviária e ferroviária mais importante do país, Vilar Formoso, a Guarda necessita no dia-a-dia de oferecer aos estrangeiros e nomeadamente aos nossos irmãos peninsulares  serviços e técnicos de Turismo competentes e actualizados;

2.    Acidentes geográficos como o vale Glaciar do Zêzere e o complexo orográfico da Serra da Estrela constituem condições geográficas únicas para a rentabilização da gestão turística;

3.    A existência, ainda, de áreas naturais protegidas como o Parque Natural da Serra da Estrela e a Reserva Natural da Serra da Malcata, no contexto e na importância que é dada actualmente à vertente do Turismo Ambiental e Ecológico;

4.    No contexto das belezas paisagísticas dos vales das bacias dos rios Douro (Águeda e Côa), Mondego e Tejo (Zêzere) e das barragens de Almofala e da Serra da Estrela para a piscicultura e prática de pesca desportiva;

5.    A importância do património histórico e arqueológico do distrito da Guarda, destacando-se a rota das aldeias históricas (Alfaiates; Castelo Bom; Castelo Mendo; Castelo Rodrigo, Linhares; Sortelha; ), a rota dos castelos (Castelo Melhor; Celorico da Beira; Guarda; Sabugal; Trancoso; e Vilar Maior), das Praças e das zonas abaluartadas como Almeida, dos lugares históricos com valor simbólico e projecção romanesca do mito de Inês de Castro como as aldeias do Jarmelo; do tão importante e mundialmente reconhecido complexo das gravuras do Vale do Côa. Abandonado durante muitos anos, muito deste património foi já declarado de interesse nacional e classificado pelo IPAR através de regulamentação aprovada em Outubro e Novembro de 1995;

6.    Mas a riqueza patrimonial deverá incidir também pela preservação dos costumes e tradições orais, pelas festas e romarias tão ao gosto e à medida de um turismo cultural de qualidade. Na região da Beira Serra e também da Beira Transmontana os visitantes poderão usufruir de muito que é oferecido pelo turismo rural, nomeadamente em aldeias como Faia, Folgosinho, Linhares da Beira, Porto da Carne, Sabugueiro, Videmonte ou ainda das quintas ligadas ao vinho do Porto, nos concelhos de Mêda e Vila Nova de Foz Côa e a edifícios religiosos como o Convento de S. Maria  de Aguiar;

7.    Das potencialidades do turismo termal, de novo tão em moda, e recriando de uma forma utilitária e salutar os períodos de ócio que os nossos antepassados se devotaram no final do século passado com uma ida todos os anos às termas. Hoje, o distrito da Guarda e a região Beirã possui vários complexos termais destacando-se, entre outros, os seguintes: Alcafache, Caldas da Cavaca, Caldas de Manteiga; Caldas do Cró (em recuperação), Felgueiras; Fonte Santa, S. Pedro do Sul, Unhais da Serra;

8. A servir de apoio a todas estas potencialidades turísticas, uma razoável e diversificada rede de transportes aéreos (aeródromos da Covilhã e de Seia), ferroviários (electrificação da linha da Beira Alta e linhas do Douro e da Beira Baixa (em recuperação), fluviais (a navegabilidade do rio Douro praticamente de montante a jusante e, ainda, com ligação à rede fluvial espanhola) e rodoviários (IP2 e IP5). Por todos estes pressupostos histórico - geográficos e ainda sócio - económicos e sócio - culturais, aliados a um conjunto de recursos humanos e materiais que a Escola Superior de Educação da Guarda poderá oferecer com a existência no seu Corpo Docente de seis doutorados e com mais de 20 professores com mestrado feito, aliado às boas condições materiais e funcionais dos edifícios e instalações para professores e estudantes e, ainda, a protocolos celebrados com o ICEP e com a Universidade de Aveiro, que já tem um curso de Turismo, estariam criadas, à partida, boas condições humanas e logísticas para a viabilização deste curso. Deste modo, e com estas condições, qual o perfil de diplomado que se pretenderá no futuro e quais as saídas profissionais para estes diplomados?

Em primeiro lugar exigir-se-á aos novos diplomados que irão sair pela primeira vez com o grau de bacharelato no ano lectivo de 1999/2000 os seguintes aspectos:

·      Cultura sólida e que fale correctamente a língua materna e algumas línguas estrangeiras (espanhol, francês, inglês,);

·      Capacidade de organizar e executar programas de viagens e excursões;

·      Capacidade de organizar actividades recreativas em espaços urbanos, rurais, estâncias balneares e instituições hoteleiras (pousadas, hotéis e turismos de habitação);

·       Capacidade de promover congressos, exposições e festivais;

·      Capacidade para gerir postos públicos de turismo, agências de viagens, hotéis e outros lugares turísticos;

·      Disponibilidade para organizar e viabilizar roteiros que melhor se adaptem às exigências dos turistas nacionais e estrangeiros. (Vid. proposta de criação da licenciatura bi-etápica  de Turismo, da Escola Superior de Educação da Guarda, de acordo com a Lei nº115/97, que alterou a Lei de Bases do Sistema Educativo, pp.1 a 8).

Aos primeiros diplomados que sairão com o grau de bacharelato e possivelmente aos futuros licenciados a sair no ano lectivo de 2001/02, que saídas profissionais poderão encontrar neste mercado de trabalho tão atractivo, mas ao mesmo tempo tão concorrencial, mais ainda porque estamos enquadrados no regime da Comunidade Europeia de livre circulação de quadros e de técnicos  habilitados com formação idêntica? Eventualmente, e como resposta a esta interrogação, poderemos afirmar que as saídas profissionais são múltiplas e polivalentes. Assim, o diplomado com este curso poderá desempenhar funções em actividades ligadas ao trabalho de Guias de Turismo, Guias Intérpretes, Centros de Lazer, Imprensa Turística, Organismos institucionais como Direcções de Turismo, Postos Públicos de Turismo, Câmaras Municipais, Parques e Reservas Naturais, Áreas Comerciais de Relações Públicas e Animação Sócio-  Cultural, actividades por conta própria.

Perante todo este futuro risonho, deixámos para a conclusão algumas nuvens sombrias que pairam sobre este projecto único e tão valioso, como foi a aposta do Ministério da Educação de criar nesta cidade de fronteira e de montanha, com tantos pergaminhos históricos, um curso com tantas aliciantes curriculares e tão boas saídas profissionais. Metaforicamente uma semente que é lançada à terra deverá germinar, crescer e depois dar frutos. Para isso precisa de ser bem adubada, regada e acarinhada. No caso metafórico desta semente, que é o curso de Turismo da Escola Superior de Educação da Guarda que para o ano já poderá começar a disseminar os primeiros diplomados garantindo e rentabilizando o investimento que já foi feito, aquando da sementeira do primeiro ano lectivo de 1997/98, os cultivadores do projecto estão a deixar que algumas ervas daninhas se agreguem à planta que começava agora a ganhar viço, pondo em causa todo este projecto e retirando à cidade da Guarda mais um serviço e mais uma benesse das múltiplas que nos últimos anos os partidos que estiveram no Governo foram useiros e vezeiros em utilizar este tipo de estratégia, talvez porque a grande concentração de eleitores se situe no litoral ou nas grandes cidades de importância administrativa, económica e política. Então, quais os entraves a este projecto de um curso com tantas saídas profissionais e talvez o curso mais reputado do Instituto Politécnico da Guarda, pois é o único onde ainda se entra com média de Bom, ao contrário de muitos outros cujas médias de admissão são inferiores ao mínimo exigido pelo Ministério da Educação, isto é, dez valores? Responderemos:

Em 1º lugar: a criação de um novo curso de Turismo, numa nova unidade orgânica sediada na cidade de Seia, a uma distância quilométrica inferior a 100Km e pertencente à mesma instituição de Ensino Superior. A concorrência não é feita por estranhos, mas com a criação de cursos similares na própria instituição com a anuência do próprio Ministério da Educação! Perguntamos: Foi uma decisão técnica ou foi uma decisão política?

Em 2º lugar: a unidade orgânica de Seia não tem ainda instalações definitivas, nem um único professor, pois estes leccionam e residem na Guarda. Perguntamos: será a

forma mais correcta de rentabilizar a logística e os recursos humanos?

Em 3º lugar: seguindo o aforismo muito português de “cada cabeça, sua sentença”, o anterior responsável por esta instituição de ensino politécnico patrocinou a criação de um curso na capital do distrito, pois administrativamente, logisticamente, economicamente, geograficamente, socialmente e culturalmente tem melhores condições para suportar um evento deste tipo. O actual responsável, pelo contrário, quer transferir o curso para uma unidade orgânica que tem pouca viabilidade para se afirmar, dado encontrar-se rodeada por duas cidades universitárias (Coimbra e Covilhã) e três cidades com ensino politécnico ( Castelo Branco, Guarda e Viseu). Quais as razões que parecem presidir a esta filosofia? Dividir para poder reinar?

Em 4º e último lugar: as guerras internas e autofágicas, mais do que a coesão, dão má imagem para o exterior e costumam ser o prenúncio da crise e decadência organizacional. Enquanto olhamos para as instituições Beirãs vizinhas e as vemos crescer e afirmar como instituições de prestígio, no caso do Instituto Politécnico da Guarda, o que vemos? Polémica, impasse, contra-informação e muita demagogia.

Por que os contribuintes deverão fazer parte de uma opinião atenta, crítica e apta em zelar o melhor possível pelos dinheiros deste País e desta Região, o que está à espera   a opinião pública e o anónimo habitante da cidade da Guarda? Em passivamente deixar que o curso mais nobilitado em médias de entrada e saídas profissionais saia da capital do distrito, numa altura em que nem sequer ainda foram formados os primeiros diplomados? Deixo esta e muitas outras virtuais ilações à consciência dos habitantes da cidade mais alta de Portugal, para que em tempo oportuno não se venham uma vez mais a lamentar que lhe tiraram privilégios, sem que da parte dos seus responsáveis e das suas forças vivas tenha havido o menor gesto para evitar que este facto se viesse a consumar.

 

* Professor – Coordenador da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Guarda