Mães da Beira
- ... Assim na Terra, como no Céu... -

Maria Antonieta Garcia

Os mitos da Queda do Homem são reveladores do conceito quase universal que coloca a Mulher como responsável directa pela perda de Paraísos, da imortalidade. E, todavia, foram deusas que governaram os Jardins da Idade do Ouro1.

São os símbolos e arquétipos que desocultam a teia das nossas atitudes fundamentais face à Vida, os padrões e matrizes do nosso comportamento colectivo e da experiência psíquica e metafísica do homem.

Sigamos o hermeneuta para descodificar uma realidade que não se revela de imediato. Falamos do culto à Grande Mãe, do arquétipo matriarcal presente na cultura e religião portuguesas, na cultura beirã.

A mulher, garante da sobrevivência da espécie, reprodutora, era íntima da Terra, da ``placenta cósmica'', da Grande Mãe. Terra-mulher em conjuração mágica infundiram respeito e temor. Seres sagrados, nelas habitava o mysterium tremendum2.

Representação das forças da Natureza, a mulher partilhava a magia vegetal e animal, revelava-se cúmplice das energias fertilizantes. A proximidade mater/matéria, indiciava a mulher como detentora dos mistérios da vida e das forças da natureza. Terra-mãe gera a vida e alimenta. Participa dos ritmos naturais com o corpo regulado pelas fases da lua, como as marés, as sementeiras, as chuvas. Assim alimentou uma concepção mágica da realidade, fundamentada na crença numa energia que tudo envolve e que é necessário esconjurar, apaziguar para que o equilíbrio, a ordem se mantenham. E criam-se amuletos, ritos, preces para evitar o caos e seivar as forças fertilizantes.

Mas o culto da Grande Deusa (mulher), da Terra-mãe, - Mãe Nossa, que sois a Terra! - poderia ter-se apagado. Estudiosos dizem que aprendido o papel desempenhado pelo homem na procriação, ter-se-ia iniciado um processo de esvaziamento do prestígio da mulher. Cremos, porém, como afirma Steven Goldberg que ``... el descubrimiento por parte del váron de los mecanismos de la concepción debría haberlo inducido unicamente a compartir el poder en igualdad de condiciones...''3.

Houve, sem dúvida, outras causas que geraram a passagem de um ``naturalismo matriarcal'' para o ``culturismo patriarcal''4. De resto, considerando os estudos efectuados até ao presente, não é conhecida nenhuma sociedade dominada, realmente, por mulheres. Este facto parece ``... estar de acuerdo com la propria teoria antropologica según la cual, efectivamente el poder o dominio politico-estatal estricto há sido propria una ``conquista caballeresca'', especificamente masculina, y ello desde que el hombre /váron se apropia de las viejas potencias femeninas, de sus artes, sortilegios y magias e inventos que, como el de agricultura o de laya, el hombre re-incorporará, transformará y projectará à su imagen y semejanza, o sea, falicamente, agresivamente, competitivamente, antinaturalisticamente...''5.

Trata-se duma transformação, duma viragem na vivência agrícola: regida, primordialmente, pela lei natural, desperta depois a necessidade e o prazer de domar a Natureza.

Deste modo, da imersão do homem no útero da mãe, da Terra, duma mentalidade mítica assente na aceitação da renovação cíclica que o homem partilha, transita-se para um processo de especialização, de diferenciação, de distinção. As deusas que teciam, e desteciam o destino, omniabarcantes, omnipotentes, dadoras de vida, guardiãs da vida, do bem-estar comunitário querem-se substituídas.

É a perda da estância paradisíaca do útero familiar, do jardim do deleite, da Idade do Ouro. Escreve Osés: ``... el proceso neolítico es un proceso de ``racionalización'' que conducirá la primitiva agricultura femenina de recolección, y o de jardin a la agricultura masculina de arado, así como la primitiva caza animal y su magia al pastoreo organizado y a la cria de ganado en sentido de ganancia''6.

A economia de subsistência é substituída por uma economia de excedentes de cultivo e o valor social do papel produtivo da mulher diminui. A função reprodutora afecta a sua mobilidade e o homem e a mulher desenvolvem capacidades relacionadas com o papel dominante que desempenham para a sobrevivência da espécie:

  1. a habilidade visual, espacial e auditiva traduziria o resultado de um desempenho de tarefas que se prendiam com a provisão de alimentos, a expansão territorial e agressividade necessárias para a defesa do grupo eram apanágio do homem;
  2. a mulher exploraria capacidades cognitivo-linguísticas relacionadas com o seu papel socializante de transmissora privilegiada de um património necessário à sobrevivência física e cultural.
Não podendo ser cultivadora a tempo inteiro, os papéis, os estatutos de homens e de mulheres distanciam-se, consagrando a divisão sexual do trabalho. Atribuem-se-lhe tarefas diferentes: são femininas as que se prendem com a maternidade, com o destino biológico.

Note-se, porém, que desde então, ``... lo masculino se inscribe en ocupaciones de poder, mientras que lo femenino ocupa posiciones subordinadas en relacción con el primero''7.

Ouviremos, por isso, Platão agradecer aos deuses ter sido criado livre e não escravo e, a seguir, o de ser homem e não mulher. Conheceremos orações de graça que na boca do homem soam: ``Bendito seja Deus, Nosso Senhor e Senhor de todos os mundos por não me ter feito mulher''; as mulheres oram: ``Bendito seja o Senhor que me criou segundo a sua vontade''.

Acresce que mesmo, o processo de criação da mulher inscrito nos textos sagrados é marcado pela maldição original; sofre o castigo da desobediência, da insubordinação com o qual arrebatou a imortalidade conferida ao ser humano, e gerou o conhecimento do Bem e do Mal. Em contexto de um patriarcado vencedor, deusas e mulheres perdem o poder. Ouçamos algumas vozes.

Tertuliano acusava: ``Mulher, és a porta do diabo. Persuadiste aquele que o diabo não ousava atacar de frente. É por tua causa que o Filho de Deus teve de morrer; deverias andar sempre de luto e de andrajos''.

E Santo Ambrósio assinalava: ``Adão foi induzido no pecado por Eva e não Eva por Adão. É justo que a mulher aceite como soberano aquele que ela conduziu ao pecado''.

Já para São Tomás: ``O homem é a cabeça da mulher, assim como Cristo é a cabeça do homem (...) É indubitável que a mulher se destina a viver sob o domínio do homem e não tem por si mesma qualquer autoridade''.

Vai mais longe S. João Crisóstomo, quando afirma: ``Entre os animais selvagens não se encontra nenhum mais nocivo do que a mulher''.

Pensamentos que Simone de Beauvoir sintetizou: ``Legisladores, sacerdotes demonstraram que a condição subordinada da mulher era desejada no Céu e proveitosa na Terra''8.

Ainda assim, há vultos femininos mesmo em tempos bíblicos que desempenham um papel determinante na história do povo de Deus. São mulheres e acções descritas e sentidas em tempo de poder patriarcal, mas superam o silêncio, porque foram ousadas, insubmissas, corajosas. Reunimos alguns exemplos:

  1. As parteiras do Egipto (Séfora e Fua) não executam a ordem do faraó que exigia que matassem todos os rapazes hebreus. Desculpam-se: ``As mulheres dos hebreus são vigorosas (...); antes da parteira chegar já elas deram à luz''.
  2. A filha do Faraó salva Moisés, o líder que liberta o povo da escravidão e recebe, no Deserto, as Tábuas da Lei.
  3. Judite é ainda mais ousada: salva a cidade de Betúlia, seduzindo Holofernes, general de Nabucodonosor. Enquanto dorme, corta-lhe a cabeça.
  4. Ester, jovem bela, consegue o perdão do Rei Assuero para o povo judeu.
  5. Débora, quando os homens desistem, é juíza e profetisa, e com Jael é salvadora de Israel.
  6. E não é também Rebeca que decide qual dos filhos deve ser o patriarca?
Num mundo em que a mulher é privilegiadamente impura, tola, menor (Cf. Génesis, Levítico, Livro dos Provérbios, Eclesiastes), há dissonâncias no coro, há mulheres que emergem e que inscreveram o nome nos textos sagrados por terem ousado contrariar os cânones9, a ordem estabelecida.

Não se ``libertam'', porém, da mácula original e maioritariamente aceite, dos códigos instituídos e aprendem a submissão por forma a poderem purificar-se. O modelo feminino do Novo Testamento é a Virgem Maria, uma imagem da mulher submissa: ``Eis aqui a escrava do Senhor''. Também Maria de Magdala, Maria Madalena, se prostra aos pés de Cristo e os enxuga com os cabelos. São as mulheres, as discípulas - por que não apóstolas? - que não abandonam o Senhor, nunca O traem; são também elas quem ``testemunha'' a Ressurreição. E, todavia, o nome de uma das Três Marias não foi registado. Se analisarmos também as referências a Maria, mãe de Jesus, nos Evangelhos surpreende-nos serem tão reduzidas. Cremos, com Moisés Espírito Santo que ``... não justificam a mitologia mariana e a importância de Maria no catolicismo''10. Por essa razão e seguindo o mesmo autor, o culto popular de Maria radicaria nos arquétipos da mãe e da mulher. Associava-se ao de outras Senhoras veneradas em comunhão com as festas de agradecer os bens que a Terra-mãe gerava, e de exorcizar o mal. Repetem rituais, velhos cultos que preveniam e asseguravam o evoluir/devir favorável da Natureza e da Comunidade, preservam um espaço, um olhar, um sentir da vida primordial.

E se Maria é a Imaculada que perde o corpo impuro para gerar o filho de Deus feito Homem, a romaria é a festa dos sentidos. Aí se re-encontra um universo mágico onde se venera a mulher-mãe fonte de vida e de fertilidade.

Divinizam-se Santas, afeiçoam-se ao ciclo vital da mulher, ao ciclo da Natureza, aos modos e receios, alegrias e resignações humanas.

Ciclo vital

A maternidade, momento privilegiado da vida feminina ocupa um lugar sagrado.

As Senhoras da Expectação, do Bom Parto, do Ó, auxiliam as parturientes na hora de dar à luz uma nova vida, depois de nove luas. Santa Eufêmia protege os seios e a Senhora do Leite amamenta o menino, dadora de vida. Mãe é ainda a Senhora das Dores, das Lágrimas, do Pranto que chora o filho em via-sacra dolorosa; é a Senhora da Piedade, do Resgate que O segura, morto, em partilha divina de dor atordoada, inominável. É a mãe das dores de todas as mães. Na hora da morte, mima o sono, tranquila, e é Senhora da Boa Morte, enquanto momento de paz, anúncio de descanso. Mães divinas que auxiliam em todos os momentos.

Ao longo da vida, cura e afasta os males. Santa Luzia dá luz aos olhos; mas a intimidade mulher/Senhora permite o pedido de protecção:

``Os olhos do meu amor

Santa Luzia guardai-lhos.

Se eles para mim não forem,

Santa Luzia ``chincai-los''.

Ou o aviso/súplica a uma Senhora que gosta da festa:

``Senhora Santa Luzia

Para o ano, não prometo.

Se me morrer o amor,

Ando vestida de preto''.

A Senhora da Guia, venerada na Arrifana é guia de bons caminhos, boas opções; em Avelãs da Ribeira, Nossa Senhora da Graça não esquece de doar graças aos crentes; a Senhora dos Milagres de Monte Barro, permite a esperança de alcançar o impossível; a dos Remédios vela, perto da Guarda, pelas curas difíceis. No Jarmelo, Nossa Senhora da Saúde, é garante do bem-estar dos fiéis. A Senhora das Preces que é das Pressas, das aflições, socorre em tempo de angústia e desespero; Mercês garante-as a Senhora do mesmo nome. Na Ribeira dos Carinhos é a Senhora do Bom Livramento que livra dos males; em Porto da Carne um ex-voto revela como a Senhora do Bom Sucesso curou a criança que um carro de bois quase esmagara. No Seixo Amarelo as doenças da cabeça têm como advogada a Senhora das Cabeças ou Nossa Senhora do Cabeço. Favorecendo o bem-estar comunitário, em Vila Garcia, Nossa Senhora das Azenhas afasta as pragas; em Maçaínhas é a Senhora da Fumagueira ou Formigueira que protege os crentes dos mesmos males; na Corujeira, Nossa Senhora das Neves afasta doenças e fomes. Aos miseráveis, dignos de dó, de compaixão acode a Senhora da Misericórdia; e Santa Bárbara ``... bendita que no céu está escrita com um raminho de água benta...'', afasta trovoadas, tormentas; é a Senhora querida de Maria Barraco da Misarela que terna e incansavelmente borda a história de martírio da patrona dos mineiros.

São as Senhoras invocadas em momentos difíceis, de temor e aflição; os crentes agradecem o auxílio com uma oração, uma romaria, com uma festa.

Algumas são Senhoras Aparecidas que elegem um lugar, um espaço para proteger. Não foi Nossa Senhora do Soito que escolheu Fernão Joanes para ficar? Não é ali que se conhecem as curas, o amor da Senhora pelos fiéis? Nos Trinta adquiriram outra imagem da mesma Senhora11, com a família sagrada aumentada: a Senhora do Soito tem um Menino ao colo; São José encola Outro e um Menino maiorzinho acompanha-os por seu pé.

Em Frei Agostinho de Santa Maria (Santuário Mariano) lemos também a protecção da Senhora do Mileu a quem é seu devoto. E a argola onde ficou presa a mão do primeiro mouro a chegar à capela; assustou todos os que o seguiam, porque ouvia a Senhora que dizia: ``Para mil... eu!''.

Fonte de relações fraternais entre os homens, as festas em honra das Santas marcam o re-encontro de pessoas que partilham a terra-natal, a terra-mãe. Auxiliados pela Senhora, cultuam a Mãe, atenta em todas as horas. Elogiam-na como a mais linda:

``Nossa Senhora (...)

Minha boquinha de riso

Minha maçã camoesa

Criada no Paraíso.''

``Nossa Senhora (...)

Minha roseirinha branca!

Quando nasceste ao mundo,

Logo foi para ser santa!''

Em Casal de Cinza, à Senhora da Póvoa os fiéis não faltam:

``Nossa Senhora (...)

Este ano lá hei-de ir.

Não vos hei-de levar nada

Tudo vos hei-de pedir.''

A capela é longe e por isso:

``Virgem, Senhora (...)

Vinde abaixo, dai-me a mão!

A ladeira é comprida...

Não me ajuda o coração.''

Cantando e louvando a Senhora, chegam à ermida:

``Virgem, Senhora (...)

À vossa porta cheguei

Tantos anjos me acompanhem

Como de passadas dei.''

Caminhos longos que vale a pena palmilhar. Na ermida espera-os a festa de cheiros da Natureza:

``Nossa Senhora (...)

A vossa capela cheira

Cheira a cravos, cheira a rosas

Cheira a flores de amendoeira (laranjeira).

Suplicam salvação para a alma:

``Virgem, Senhora (...)

Minha mãe, minha madrinha!

Dizem que salvais a alma

Salvai também a minha!''.

Suspiram pelos favores para viverem o amor:

``Nossa Senhora (...)

À vossa porta, rigor!

Se tornar cá para o ano

Há-de ser com o meu amor!''.

Anseiam pelo casamento e convidam:

``Nossa Senhora (...)

Já vos venho convidar

Para serdes minha madrinha,

Que já me quero casar''.

Num espaço sagrado a Senhora oferece:

``Nossa Senhora (...)

Que dais aos vossos Romeiros?

- Dou água da minha fonte,

Sombra dos meus castanheiros!''

`` Nossa Senhora (...)

Que dais a quem vos vai ver?

- Dou água da minha fonte

A quem quiser beber.''

São quadras que as Senhoras ouvem em seu nome, nas romarias que se realizam nas Beiras, em tempo de amanho do chão, de sementeiras, de floração, de colheitas. Muitas terras marcaram as romarias do Verão em Agosto, quando voltam os emigrantes em busca de afectos, de raízes.

Reminiscências de práticas ancestrais que se adaptam, modificam, é visível ainda, como dissemos, a importância da mãe nas manifestações tradicionais de religiosidade beirã. Resistiram pela ``... impossibilidade de eliminar velhos hábitos religiosos (...); apenas seriam viáveis compromissos entre as antigas práticas e o dogma católico.''12.

O culto das Senhoras que referimos, tem pouco a ver na verdade, com os relatos hagiográficos. São outros os matizes do sagrado que, como cremos, relevam de uma concepção matricêntrica, matrifocal da sociedade. Mães de povos, de lugares, as Senhoras são gestoras dos sentimentos, da emoção, do irracional. Configuram uma cosmovisão assente numa participação do destino das pessoas e comunidades, são a imagem da Deusa-mãe, da Grande-mãe.

Há outros cultos de Maria, como referimos. Mas Maria, é também virgem, esposa submissa, mulher sem mácula. É Imaculada Conceição que concebe sem pecado. É a Senhora da Visitação, da Assunção, da Anunciação. É a Senhora do Rosário, a Senhora de Fátima. Brilham na Beira afastadas das alegres romarias; o sagrado tem, neste caso, as marcas da penitência, do sacrifício, do ascetismo. As merendas, as danças, cedem lugar ao jejum, a longas caminhadas a pé... São outros os cânticos, mas continuam a ouvir-se as súplicas, as promessas, os agradecimentos.

São, todavia, Senhoras que desocultam sempre uma referência inequívoca: a maternidade. Mães de povos, de lugares tecem os discursos da afectividade.

Ao lado do ``Pai Nosso que estais no Céu'', as Senhoras são as padroeiras, madrinhas de catedrais, de igrejas, de ermidas, são as ``mães de misericórdia'' e dos Prazeres, e das Agonias, e das Dores, da Saúde, dos Milagres e da Dúvida.



Notas de rodapé

... Ouro1
- O Paraíso Sumério pertence a Siduri, deusa da Sabedoria (Gilamesh).

- O Jardim das Hespérides era governado por Hera e guardado pela Serpente.

- Camões cria um Paraíso, a Ilha dos Amores, governado por deusas que acolhem, amam, (con)sagram os homens das Descobertas, no final da Viagem.

... tremendum2
Rudoff Otto, O sagrado, Lisboa, Dom Quixote, 1992, p. 21 - 35.
... condiciones...''3
Steven Golberg, La inevitabilidad del patriarcado, Madrid, Alianza Editorial, 1986, p. 47.
... patriarcal''4
Cf. Andrès Ortiz Osés et alli, El matriarcalismo vasco, Cilbao, Universidad de Deusto, 1988.
... antinaturalisticamente...''5
Idem, p. 10.
... ganancia''6
Ibidem, p. 27.
... primero''7
Esteva Fabregat, ``Familia y matrimonio en Maxico. El patrón cultural'', Revista Indias, Barcelona 1969, p. 217.
... Terra''8
Simone de Beauvoir, O segundo sexo I, Lisboa, Bertrand Editora, 1987, p. 19.
...anones9
O Cântico dos Cânticos é revelador da simetria esposo/esposa.
... catolicismo''10
Moisés Espírito Santo, Origens do Cristianismo Português, Lisboa, ISER, 1993, p. 130.

1º Fuga de Jesus em Jerusalém. Encontro no Templo com os Doutores da Lei. Maria pergunta: ``Por que nos fizeste isto?'' - Lucas 2: 46.

2º Jesus com a mãe nas bodas de Canãa. Momento em que transforma a água em vinho. - João 2: 3, 4.

3º Jesus refere-se aos que o rodeavam: ``Eis a minha mãe e meus irmãos''. - Mateus 12: 46.

4º ``Filho, eis a tua mãe''. - João 19: 26.

... Senhora11
Contam em Fernão Joanes que as gentes dos Trinta roubaram a imagem da Senhora, e milagrosamente, a Senhora voltou à Capela de Fernão Joanes.
... católico.''12
Moisés Espírito Santo, op. cit, p. 216.