DIONÍSIO E OS GARIMPEIROS
Breve leitura da telenovela
"Irmãos Coragem"
(Quinto capítulo de "As aparições do deus Dionísio na Idade
Mídia")
Cláudio Cardoso de Paiva,
Universidade Federal da Paraíba
Email: imago@netwaybbs.com.br
1. Anos de chumbo na política, anos de ouro no mercado
2. As projeções do masculino na ficção brasileira
3. Regime diurno e regime noturno das imagens
4. Um épico marcado pelo espírito trágico e dionisíaco
5. Linhas evolutivas na telenovela do Brasil
6. Competência do autor e tirania do receptor
1. Anos de
chumbo na política, anos de ouro no mercado
A primeira versão da telenovela
"Irmãos Coragem" foi exibida num período tenso da História do
Brasil; um dos momentos mais duros do regime militar. O Brasil enfrentava
repressão, censura e perseguição política. Mas aquela foi também a época do milagre
econômico, isto é, incremento dos sistemas de crédito, aumento do poder
aquisitivo das classes médias e expansão da sociedade de consumo. Se o
desenvolvimento do mercado estimulou o comércio dos aparelhos de TV, as
instalações oficiais da EMBRATEL (Empresa Brasileira de Telecomunicações) e os
dispositivos tecnológicos da Rede Globo permitiram a disseminação da cultura de
massa e particularmente da telenovela no Brasil (1). Segundo alguns
intérpretes, a década de 70 representa os anos de chumbo na política;
outros percebem ali os anos de ouro para o mercado. De fato, a economia
brasileira experimentou então um período de desenvolvimento e isto pareceu se
sustentar até a chamada "crise do milagre", na passagem dos anos
70/80. Contudo, é importante destacar que aqueles anos inscrevem uma nova
conjuntura de modernização tecnológica e particularmente, cumpre colocar em
relêvo a inserção da telenovela brasileira no mercado internacional dos bens
simbólicos.
No que concerne à ambiência
cultural e, especificamente, à ecologia das mídias, é pertinente observar como,
naquele momento, a ficção brasileira teria se comportado diante da influência
dos modelos importados. De fato, não é difícil encontrar na signagem eletrônica
de "Irmãos Coragem" os traços visíveis da cultura de massa
americana. De certo modo, esta ficção consiste numa versão tropical do
bang-bang. Contudo, um olhar mais detido já pode perceber a originalidade da
telenovela brasileira. No centro da cena se expressam as disputas dos poderes
locais, as paixões intempestivas e as forças da natureza desestabilizando as
estruturas de uma civilização em declínio.
Os filmes clássicos de faroeste,
por meio da projeção das imagens do Eldorado, das terras primitivas de Malboro
simulam uma alegoria do passado "recente" norte-americano, em que
a corrida do ouro revela as paixões coletivas, a disputa pelas terras, tensão e
violência num mundo competitivo e selvagem. Numa certa modulação isto aparece
na ficção de Irmãos Coragem. O regime de imagens que dirige a
narrativa assegura os liames simbólicos, os elos da cadeia imaginária, criando
uma forma de socialidade virtual junto ao público masculino. Existe algo de
trágico e dionisíaco na experiência ficional de Irmãos Coragem. Há
igualmente um público, uma comunidade de pertencimento, que se identifica com
os signos em trânsito na narrativa das telenovelas, esta nova modulação de arte
tecnológica. Como a grande arte, a tragédia grega, o teatro de Shakespeare ou o
cinema de Hollywood, a telenovela brasileira pode gerar uma experiência de
êxtase, de catarse coletiva...
"...
uma experiência semelhante à sensação de embriaguez provocada por um narcótico,
por uma bebida ou pela chegada da primavera após o inverno. Neste momento,
então, despertam as emoções dionisíacas e à medida que elas ganham em
intensidade, abolem a subjetividade até o mais completo esquecimento de
si".
NIETZSCHE,
A origem da tragédia, 1872.
2. As
projeções do masculino na ficção brasileira
A Rede Globo tinha compreendido,
nos anos 70, que as telenovelas não podiam se restringir exclusivamente às
donas de casa. A emissora percebeu que uma parte do público masculino se
interessava pelas ficções televisuais. Contudo, era preciso dinamizar um
simbolismo que pudesse despertar a atenção dos homens para as telenovelas e, ao
mesmo tempo, fazia-se necessário conservar o repertório de imagens de interesse
para o público feminino. Uma ficção absorvendo signos do faroeste americano,
com traços românticos, numa modulação tropical, seria a fórmula encontrada para
resolver o problema.
Irmãos Coragem criou um estilo de ficção voltada para os
núcleos rurais, um gênero que se sustentaria ao longo da história da
telenovela. Nos anos 90, as culturas locais servirão como tema nas
telenovelas "Renascer", "Fera Ferida" e
"O Rei do Gado". Irmãos Coragem consiste num
enfoque do masculino recorrendo ao simbolismo que coloca em cena a figura do
homem e o mundo selvagem da Grande Mãe natureza.
Encontramos no épico de Irmãos
Coragem algumas afinidades com a peça alemã Mãe Coragem (Brecht,
1938), que já apresentava alguns ecos do romance russo A Mãe, (Gorki,
1907). A figura ancestral da Grande Mãe está no centro da cena. Este é
um arquétipo que mobiliza a força criativa de Irmãos Coragem e que
produz também uma sinergia entre os telespectadores, numa cultura que ainda
mantém traços pré-modernos como o machismo dos coronéis e matadores de aluguel.
3. Regime
diurno e Regime noturno das Imagens
A dramaturga Janete Clair, em Irmãos
Coragem, mobilizou os signos de força, de coragem, de luta, colocando em
cena elementos fundamentais que se agitam no regime diurno da imaginação
simbólica (2). Uma antropologia dos bens simbólicos reconhece ali a
presença dos signos solares na construção da narrativa. Por outro lado,
o trabalho no garimpo, a busca das pedras preciosas, o retorno à terra e à
natureza selvagem são elementos que introduzem os signos ctônicos,
subterrâneos, que pertencem ao regime noturno do simbolismo. Assim
caminha a história de Irmãos Coragem, ou seja, a partir de dois regimes
em tensão e complementaridade. Altura e profundidade, ascensão e queda,
exposição e interioridade se agitam à superfície do tecido narrativo, em que as
pulsões do masculino e do feminino se confrontam e se conjugam no simbolismo e
significação que sustentam a trama. Irmãos Coragem se distingue da
adaptação dos melodramas mexicanos que o precederam, na medida em que a autora
constrói um clima de tensão entre significações opostas com características
nitidamente brasileiras.
4. Uma
narrativa épica marcada pelo espírito trágico e dionisíaco
A história conta a saga da
família Coragem, composta pela mãe Sinhana Coragem e seus três filhos: João,
Jerônimo e Duda. No vilarejo de Coroado, supostamente localizado no interior de
Goiás, João Coragem encontra um grande diamante no garimpo. Mas as terras do
garimpo pertencem a Pedro Barros, um poderoso coronel que controla as riquezas
da região. O diamante irá declanchar uma longa guerra entre as duas famílias,
no curso da telenovela. Esta disputa irá causar a morte de um dos Irmãos
Coragem. A tensão dramática se torna mais intensa uma vez que João Coragem se
apaixona por Lara, uma normalista, filha do seu inimigo Pedro Barros. Mas esta
jovem sofre de uma tripla personalidade. Ela é Lara, uma mulher reprimida que
se submete aos caprichos do seu pai, é também Diana, um espécie de cigana que
erra sem conhecer os seus, nem mesmo João a quem ela ama, e é ainda Márcia, uma
mistura entre as duas outras personalidades.
Duda Coragem abandona o garimpo,
preferindo o futebol e parte para a cidade grande com este objetivo. Ele
seduzirá uma moça chamada Ritinha e deverá se casar com ela, mesmo contra a sua
vontade. Quanto ao terceiro irmão, Jerônimo Coragem, este viverá as
perturbações de uma paixão amorosa com a índia Potira.
Durante a odisséia de Irmãos
Coragem, no curso desta longa telenovela, muitas dificuldades surgirão
dentro e fora da ficção. O ambiente ficcional que se impunha através de uma
trama turbulenta, seria ainda revirado por uma tempestade que destruiria
completamente os cenários da telenovela. O fenômeno, tendo sido difundido pela
imprensa, contém os elementos para excitar a imaginação do público, misturando
ficção e realidade. Irmãos Coragem trata-se de um épico com contornos
trágicos, dionisíacos. Durante as filmagens, uma tempestade desmonta os
cenários da telenovela; este acontecimento real encontra o seu análogo nas
linhas de força que concluem a trama ficcional: ao fim da história, o coronel
Pedro Barros enlouquecido, causa um incêndio, cujo o fogo engole a cidade. João
Coragem, abatido pela tragédia, destrói o diamante a golpes de martelo.
5. Linhas
evolutivas na telenovela do Brasil
Na primeira versão da telenovela,
a narrativa é construída a partir de um texto ágil e dinâmico: a ação toma a
frente dos diálogos e detalhes estéticos. A segunda versão, se empenhará numa
apresentação mais cinematográfica, contudo o olho da câmera é mais descritivo,
mais literário. Um relato, que originalmente, fizera-se marcado pela ação,
movimento, velocidade ganhará outros contornos na década de 90.
Nos anos 70, a autora, Janete
Clair teve de enfrentar problemas com a censura federal. Os censores
interditaram o tratamento de assuntos como a reforma agrária, tomaram a figura
de João Coragem por um subversivo e a moralidade prevalente considerou o
enfoque das paixões amorosas muito atrevido para a televisão. Janete Clair,
então, teria sido obrigada a modificar vários capítulos. A primeira versão
consagrou o estilo da autora, introduziu uma nova linguagem que, malgrado as
limitações técnicas, modificou o caráter da ficção televisual. Atraiu o público
masculino e criou um tipo de ficção através da qual o público veio a se
identificar distintamente, em relação ao teatro televisado, à dramaturgia
importada de Cuba, do México ou das "óperas de sabão"
norte-americanas.
Esta telenovela será refeita nos
anos de 1994/95, numa nova versão. A Rede Globo, então líder da ficção
brasileira, para comemorar os seus 30 anos, retomou a telenovela considerada a
pioneira no gênero. A emissora, considerando que o público estava cansado dos
dramas situados no espaço urbano, preferiu retomar um tema épico realizado no
interior do país. Janete Clair, faleceu em 1983 e o seu esposo, Dias Gomes, em
colaboração com Marcílio Moraes, Ferreira Gullar e Lilian Garcia, dirigiu a
reescritura da nova versão nos anos 90.
No curso destes 25 anos o Brasil
se modificou e a telenovela também sofreu mudanças importantes. Dias Gomes
reduziu a duração da história e a segunda versão conta com 182 capítulos. Ele
tentou atualizar a narrativa, introduzindo a discussão do problema ecológico,
da ação predatória do garimpo, do tráfico de pedras e da cocaína. Permanecendo
fiel à imaginação da sua cônjuge, Gomes reconstruiu o mundo selvagem, o
universo telúrico do interior do país. Contudo, a segunda versão não teve a
mesma audiência que o original. Nos anos 70, a telenovela atingiu 100% de
audiência, enquanto que nos anos 90, não obteve muito sucesso.
O Brasil, sob a ditadura do
General Médici, em 1970, era um país que vivia o transe da Copa do Mundo. 25
anos depois, o país, sob a gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso,
comemorou a vitória na Copa do Mundo de 1995. Entretanto, o personagem do
jogador de futebol, Duda Coragem, não atraiu a atenção do público. No contexto
das moralidades pós-modernas, o espírito prometêico, do Salvador da
Pátria, que caracterizou a figura de João Coragem não chegou a sensibilizar
os telespectadores. A tripla personalidade de Lara/Diana/Márcia não seduziu o
público na versão mais atual de Irmãos Coragem. Nos anos 90, a estética
da velocidade, substituiu a estética da "profundidade".
A Rede Globo investiu muito nesta
nova produção: os 328 capítulos difundidos em 1970 custaram 2 milhões de
dólares, enquanto que cada capítulo da nova versão viria a custar 60.000 dólares.
O desenvolvimento tecnológico, nos anos 90, permitirá à Rede Globo refinar a
abertura das telenovelas. Aliás, a qualidade no tratamento técnico das imagens
de abertura se presta a um enfoque específico. O cuidado e a perfeição estética
das aberturas das telenovelas, ao lado das trilhas sonoras merecem um estudo
particular. Na abertura de Irmãos Coragem se vê um garimpeiro que
manejando uma peneira, lança a poeira para o alto, a qual se difunde num céu
dourado, de onde surgem cavalos a galope. Eis alguns dos signos que funcionam
como uma espécie de perífrase em função da narrativa de Irmãos Coragem;
os signos de trabalho, força e velocidade que sustentam a narrativa. Contudo o
fogo simbólico de Prometeu (3) disputa com o simbolismo dionisíaco porque o ambiente
desta narrativa é também profundo, sombrio, terrível: é preciso não esquecer
que o fio de Ariane, condutor da trama, desenrola-se em torno de um diamante
surgido das profundezas da terra.
Há cenas no curso de Irmãos
Coragem que revelam sobretudo a presença dionisíaca configurada na fúria e
êxtase das paixões. Dentre estas cenas, ocorre-nos lembrar uma passagem em que
o personagem Juca Cipó violenta a ingênua Cema; ali, a apresentação atinge um
dos seus momentos de clímax, violência e paixão. A explosão do desejo, que
ocupa a narrativa naquele momento, acende o dispositivo para a efêmera aparição
de uma imagem dionisíaca na ficção.
"
Cema é tímida. Para ela, a imagem de felicidade se resume à vida simples, na
casinha à beira do rio. A violência surge para ela, como o primeiro grande
conflito de sua vida. À noite, à hora do estupro, o grito de Cema parecia o
mugido de uma animal que morre no matadouro" (4).
Esta passagem, na primeira
versão, suscitou polêmicas, pois Cema engravidou. Ela era casada com o
personagem Brás Canoeiro, o qual após tomar conhecimento do ocorrido, declarou
que, se o bêbê não nascesse negro, ele mataria o inimigo e o mesmo faria com a
própria esposa. O público, em cumplicidade com Cema, teria torcido para que a
criança nascesse negra. Os códigos de moralidade se modificaram no curso destes
25 anos; a estética e a tecnologia das imagens parecem manter sintonia com
estas mudanças.
6.
Competência do autor e tirania do receptor
Na primeira versão, a cidade
fictícia de Coroado fora construída na Barra da Tijuca, à época, um
subúrbio de acesso difícil no Rio de Janeiro. Feita com material frágil, não é
à toa que as intempéries da natureza tenham destruído os cenários. As condições
de trabalho eram precárias. Para a nova versão, a Rede Globo realizou as cenas
numa pequena cidade do Estado de Goiás, próxima a um verdadeiro garimpo; isto
implica numa produção cara, que no fim das contas não fascinou o público como a
versão original. O fato é que nos anos 70, a imagem do garimpo era recoberta por
uma aura épica. Havia algo de lírico no trabalho do garimpo. Atualmente o
imaginário do público tende a associar a imagem desta exploração ao sofrimento
dos homens que buscam ouro na Serra Pelada, um lugar, outrora,
mitológico. Na Serra Pelada seres humanos viveram em condições desumanas
impulsionados pelo sonho de se tornarem ricos. A Serra Pelada atualmente
se encontra abandonada e permanece na memória social como um signo de
indignação e vergonha, como podemos perceber nas imagens videográficas realizadas
pelo oceanógrafo Jacques Cousteau ou na denúncia fotográfica de Sebastião
Salgado.
A construção da nova versão de Irmãos
Coragem é ousada. O diretor Luís Fernando Carvalho optou por uma estética
cinematográfica no intuito de realizar uma telenovela diferente. Ele filmou as
imagens como se o fizesse para o cinema. Isto é, tomando as imagens
panorâmicas, servindo-se da câmera estática, utilizando os recursos do travelling,
distanciando-se da técnica que privilegia o close dos personagens. Tentando
renovar a ficção, ele veio perturbar o conformismo estético da média dos
telespectadores e, "fracassando" dentro dos padrões convencionais da
Rede Globo, por outro lado, distinguiu-se através de um novo estilo. A tirania
do público exigirá uma estética mais próxima do vídeoclipe, com muita ação,
imagens de força e velocidade. Suspeitamos que isto será parte da ficção
brasileira no próximo século.
Notas e
referências bibliográficas:
(1) ORTIZ, J.R.
Telenovela, História e Produção. S.Paulo: Brasiliense, 198_
(2) As noções de "imagens
diurnas" e "imagens noturnas" estão presentes no
exaustivo trabalho do antropólogo e pensador DURAND, G. Vide A Imaginação
Simbólica (1979); Mito e Sociedade: a Mitanálise e a Sociologia das
Profundezas (1983); "Mitolusismos" de Lima de Freitas
(1987); Imaginário e Pedagogia (1995); e, sobretudo, a sua grande obra, As
Estruturas Antropológicas do Imaginário (1989).
Durand é discípulo de Gaston
Bachelard e sua teoria da imaginação simbólica e material, centrada nos
elementos primordiais da cosmogonia de Empédocles (Terra, Água, Ar
e Fogo); e influenciado também pelos trabalhos de Psicanálise do suíço
C. G. Jung (1875-1961) e da sua teoria do inconsciente colectivo
(reserva de imagens primordiais ou arquétipos), G. Durand propôs
um inovador enfoque mitológico ou arquetípico da imaginação criadora, com
reconhecidas aplicações no campo da estética e da crítica literárias. Na sua
atuação sociológica e cultural, o ser humano é dotado de uma inquestionável
faculdade simbolizadora. Por conseguinte, a criação artística e literária não
deve ser concebida fora de uma Poética do Imaginário, que intepreta os símbolos
e as imagens recorrentes como projecções in-conscientes dos arquétipos em que
se configuram as profundezas do inconsciente colectivo. Neste contexto de uma
perspectiva imagético-temática, deve-se a G. Durand uma notável e abarcante
tentativa de classificação taxionómica das imagens do sistema antropológico, a
partir dos arquétipos colectivos, agrupando-as em dois regimes (diurno
e nocturno) e três reflexos dominantes (posição, digestivo
e rítmico ou copulativo). Com esta perspectiva mitocrítica e este
atlas antropológico da imaginação humana, e na esteira das aportações da
Psicanálise, do Surrealismo e da fenomenologia bachelardiana, G. Durand
procurava reagir contra a desvalorização ontológica da imagem e do imaginário,
bem como contra os excessos formais do Estruturalismo dos anos 60 e 70.
Cf. http://alfarrabio.um.geira.pt/vercial/letras/recen035.htm
Apostamos na contribuição de
DURAND para reaquecer a pesquisa sobre o imaginário coletivo e suas relações
com os meios de comunicação. O pensador tem nos servido como base hermenêutica para
discutirmos os problemas das culturas contemporâneas na passagem do século XX. Enfim,
encontramos aqui as pistas para circunscrever os domínios de uma antropologia
da comunicação.
(3) Acerca do mito de Prometeu,
ver SÉCHAN, L. Le mythe de Prométhée, Paris, PUF, 1982 (1951); Para um estudo
comparativo, ver TRIOMPHE, Promethée et Dionysos ou la Grèce à la lueur des
torches, Strasbourg: PUS, 1992.
(4) Entrevista concedida pela
atriz Denise MILFONT, intérprete do personagem de "Cema", na
telenovela "Irmãos Coragem", Revista ISTO É, Jan., 1995.