Redes à beira de um ataque de Conteúdos *
«O meio é a mensagem»
Marshall McLuhan
Na verdade, mais do que à beira de um ataque de conteúdos, as redes, os servidores, operadores e público, estão de facto, sobretudo, à beira de um ataque de nervos. Porque, pura e simplesmente, os conteúdos, para já, continuam a ser como que o próprio meio… Isto é, não têm acompanhado, realmente, virtualmente, a pulverização de redes.
Outra grande questão que se coloca quando se pensa em termos de redes,
novos sistemas, de tecnologias interactivas e nomeadamente na receptividade do
consumo aos novos serviços interactivos e mesmo conteúdos é saber se, num
cenário optimista de crescimento simultâneo de redes e conteúdos, o campo da
recepção tem capacidade «material» e crítica para superar a barreira clássica
da univocidade comunicacional, isto é, saber se, de facto, os novos serviços
interactivos criariam realmente, por um lado, um mercado alargado e
diversificado de produtos e, por outro lado, a possibilidade de uma
participação efectiva do cidadão, constituída como novo paradigma.
Colocada assim a questão, como ponto prévio desta reflexão, entremos em
realidades mais comezinhas, reais, ao nível do multimedia interactivo de
consumo, onde o crescimento nos grandes mercados está a fazer-se a uma taxa de
100% ao ano (nos EUA, 5-6% dos lares assinavam serviços interactivos em 1997). Em
termos de receitas, em 10 anos (1996-2006), Europa, EUA e Japão passarão de
2220 milhões de USD para 73257 milhões de USD (estimativa OVUM), o que
significa um crescimento médio de 300 por cento ao ano!
Nos
últimos dois anos, a principal mudança a que temos vindo a assistir neste
sector ficou marcada essencialmente pelo seguinte:
1. Mercados cada vez
mais competitivos num quadro local/global;
2. Decepção
relativamente às expectativas do video on demand:
3. Adesão exponencial
à Internet, com crescentes alternativas à banda larga, através de tecnologias
híbridas, estimuladoras de interactividades biunívocas, quer no plano do
consumo, do comércio electrónico, quer no plano cultural (i.e., informação, dados, jogos,
transacções, telecompras, publicidade, etc.).
Poder-se-ia dizer que em relação ao ano de 1997, um dos aspectos marcantes
foi o facto de as tecnologias da informação terem sido pela primeira vez, nos
EUA, o principal sector industrial, em termos de vendas, do emprego e de
exportação (fonte: American Electronics Association). Para além desse indicador
importante, na Internet, alguns serviços surgiram com um crescimento meteórico,
como, por exemplo, a alocação de conteúdos e os bancos de produtos e serviços. Repare-se
que segundo uma estimativa da Hewlett Packard a curto/médio prazo, mais de 70
por cento do espaço de memória partilhado estará localizado fisicamente em
«entrepostos» de dados, nas datawarehouses.
E em relação às redes e serviços, comutadores para redes locais e routers
tiveram crescimentos assinaláveis, com vantagem para os primeiros. A transição
de uma lógica de produto para a aquisição de serviços foi também significativa,
o que fez com que Internet e Intranet's fossem negócios em expansão, e mesmo os
comutadores LAN de grande velocidade para os ISP's, a conectividade de grande
distância, o ATM, e como não podia deixar de ser, a gestão de sistemas. A
questão é que certamente quando se fala em velocidade de largura de banda, as
receitas não aumentam à medida que aumenta a largura de banda, pelo contrário.
Em termos de médio/longo prazo, espera-se que a utilização maioritária dos
serviços interactivos por parte de um público
especializado seja ultrapassada pelo 'grande público'. Para isso
concorre fortemente uma alteração radical isto é, a existência de uma realidade
completamente nova no plano das infraestruturas e da oferta de serviços. Às
pesadas 'telcos' respondem agora os pequenos operadores locais, com maior
flexibilidade e imaginação e uma política de preços e um marketing agressivo. Enquanto
nos EUA a polémica se centra sobre as opções ATM ou gigabit Ethernet sobre
cobre, aqui na Europa preparam-se grandes projectos, como por exemplo a rede
transeuropeia de muito alto débito que prevê ligações a 155 Mbits/s.
A aposta na internet como meio de modernização da própria administração
pública, no contacto com os utilizadores, os cidadãos é outro aspecto a não
desprezar. Mas para as empresas a rede das redes é também estratégica. Estima-se
que até ao final do século, 80 por cento dos anteriores acessos a aplicações
empresariais se fará por navegadores Internet. De facto, o capital de risco bem
poderia apostar na transmissão de voz por IP, nos produtos de serviço e no
comércio electrónico. E mesmo na integração telefone/computador, uma vez que a
combinação voz/dados cresceu praticamente 200 por cento ao ano em 1997 a nível
mundial.
No âmbito das estratégias para fornecedores de serviços, criar sinergias e
alianças, diversificar a oferta e integrar serviços é o mote para entrar no
século XXI. Do mesmo modo, refira-se a aposta na formação - por exemplo, a
France Telecom investiu 8 por cento da sua massa salarial em formação para a
área das convergências.
Nesta área, Internet, banda larga, MMDS e difusão directa por satélite ou
cabo, não se podem excluir, bem como as estratégias integradas com produtores e
distribuidores de conteúdos ao lado das «telcos». O desenvolvimento de
interfaces simples, as soluções globais no plano da conexão, a assistência
permanente e as tarifas de acesso a preços competitivos são outros requisitos
estratégicos nesta área, que se espera venham a convergir cada vez mais neste
final de século.
Claro que o 'efeito' Net terá consequências a diferentes níveis. Pense-se
nomeadamente no desenvolvimento de servidores Web, no groupware, nas aplicações
para comércio electrónico. Pense-se, por exemplo, no facto de a venda de
comutadores LAN estar tendencialmente a superar as de todas as infraestruturas
hardware.
No âmbito da gestão de conteúdos, quer desenvolvida pelos detentores de
infraestruturas, quer como gestão de serviços autonomizada, trata-se, numa
perspectiva de mercado, de alargar a base de utilizadores e de potenciar as
capacidades para publicidade. Neste domínio importa considerar todo um conjunto
de conteúdos culturais e educativos que possam vir a beneficiar de incentivos
públicos à sua produção e distribuição.
No âmbito da distribuição, é inevitável considerar o caminho para a
digitalização, por um lado pelo aumento do número de canais, por outro lado
para potenciar a interactividade, e ainda pelas capacidades múltiplas ao nível
dos conteúdos de lazer, dos serviços interactivos e do próprio telefone.
E quanto à convergência propriamente dita, convém não perder de vista a
cada vez maior importância os serviços interactivos para nichos de mercado, não
esquecendo o «pleno» da integração - televisão, telefone e Internet.
Não deixa de ser interessante ver o reposicionamento do satélite no quadro
de convergência acelerada, onde continuam a crescer os rumores de que será
possível obter com uma rede de satélites os mesmos serviços fornecidos por uma
rede de fibra.
Os VSAT's, por exemplo, continuam a ser uma boa opção face a custos por
exemplo do Frame Relay e têm para a maior parte dos serviços uma capacidade de
transpoder de satélite de 128 kbit/s, comparável a uma rede terrestre, mas pode
chegar aos 512 kbit/s ou a 1 ou 2 Mbit/s. Nos EUA, a GE Spacenet anunciou
entretanto um produto concorrencial face à RDIS, sobretudo para acesso
Internet, onde a banda para emissão poderá chegar aos 20 Mbit/s a preços de
cerca de 50/70 dólares/mês, mais a utilização, medida em megabits.
Em termos globais, continuamos com uma presença respeitável dos GEO,
satélites geostacionários (36000 km), muito embora nos próximos anos o
crescimento de satélites LEO de órbita baixa (800 a 1600 km) e de órbita média
MEO (13000 km) deva ser exponencial face aos lançamentos que se prevêm por
parte de diversas empresas e consórcios.
Há vantagens e desvantagens dos diferentes sistemas. Por exemplo, os
satélites de órbita baixa, dado estarem mais perto da terra, têm um sinal mais
forte, podendo ser utilizados para terminais mais pequenos, isto é, podem ter
funções no plano do envio de mensagens, do paging, localização de veículos,
etc. Se forem de média órbita já podem fornecer serviços de voz onde não existe
cobertura celular ou terrestre. Em contrapartida, são necessários mais
satélites para cobrir uma mesma zona geográfica. Mas o facto é que há inclusivamente
LEO's para banda larga cuja velocidade pode ir dos 16kbit/s aos 155 Mbit/s.
Deste ponto de vista, um dos interesses do satélite pode ser a superação de
determinadas etapas de desenvolvimento tecnológico e de infraestrututras,
nomeadamente nos países em vias de desenvolvimento. Mas também pode ser o
sistema de segurança na retaguarda para RDIS intercontinental. Ou o sistema de
segurança pura e simplesmente face a serviços que envolvem operadores de longa
distância e sistemas de comutadores e outros «intermediários».
O facto é que há empresas como a Teledesic (também conhecida pela 'Internet
do céu') que confirmam que a sua oferta
de internet de alta velocidade com acessos LAN terão um preço muito equivalente
ao serviço terrestre…
Esta é de facto uma área estratégica para a indústria de satélites, o
problema é que, por exemplo no caso dos geostacionários, as configurações
técnicas, o tempo de propagação do sinal de satélite poder ser de certo modo
incompatível com o protocolo TCP/IP. Mas se este problema pode ter resolução
técnica, o mesmo não sucederá com a bi-direccionalidade, no caso por exemplo da
videoconferência. Felizmente, este tipo de problemas não acontecem com
satélites de baixa e média órbita, justamente devido à sua maior proximidade da
terra e ao menor tempo de propagação do sinal. Estes serão os satélites da
próxima geração, o que não significa que não possam vir a aparecer sistemas
híbridos, e também sitemas interconectados (e não só entre satélites, mas
também entre redes celulares, cabo e satélite) procurando soluções para cada
caso, por assim dizer, e, o que não é de menor importância, a preços
provavelmente inferiores aos dos tradicionais serviços terrestres.
Há ainda a questão do multimédia por satélite. Na Europa este serviços
estão a ser desenvolvidos quer pela Eutelsat, quer pelo Astra. No primeiro
caso, o Multimedi@ via Satellite, propõe através da sua plataforma digital e
para o espaço europeu o uso interactivo de vários media a velocidades mais
elevadas com menores custos de transmissão. Isto, desde gráficos de alta
resolução, passando pela transmissão de dados para PC, até real-time video,
serviços que aliás estão a ser utilizados já por diversos operadores europeus,
públicos e privados. E através do standard DVB - Digital Video Broadcasting, a
Eutelsat disponibiliza acesso rápido à Internet, tecnologias «Push» (difusão
para uma base de clientes, sem retorno), Pull/Push, real-time multimedia e
interactividade. Através do DVB/MPEG-2 na emissão e do transporte IP (Internet
Protocol), pode concretizar-se uma economia de escala assinalável, utilizando a
banda disponível adaptada às necessidades de determinado segmento horário (TV,
Dados, Push, Pull, Multimedia Interactivo, Internet de alto débito, etc.). A
plataforma multimedia DVB é assim uma plataforma tecnológica polivalente que
pode fornecer desde dados em sistema multicast a serviços interactivos e
«temáticos» através de tecnologias push.
No caso do Astra Net, atravaés dos ESM (European Satellite Multimedia
Services), é gerida uma plataforma digital que difunde para os PC's (via antena
de 50 cm / cartão PC) , por exemplo, dados, com elevados débitos e a custos
inferiores aos de uma linha telefónica. Por exemplo, também, videos: um video
de 5 minutos, que habitualmente leva 50 minutos a carregar através de modem a
28,8 kbit/s, leva apenas 14 segundos a descarregar com uma antena ligada a um
cartão PC Astra-Net a um débito de 6Mbit/s. A informação a que se acede pode
ser recebida em tempo real ou em regime «store and forward».
Resta saber qual será, por assim
dizer, a influência da Net no tubo catódico. É certo que as experiências de
início da década na área da televisão interactiva são já da era «jurássica» dos
mass-media. Por exemplo, o video on demand e as experiências da Time Warner em
Orlando, com o protótipo FSN (Full Service Network). O que se andou daí para
cá... Pensar hoje esse modelo construído para 4 mil assinantes é como
reimaginar a novidade das primeiras emissões de Alexander Palace, quando a
televisão se fazia anunciar praticamente pela primeira vez. Tal como nos anos
30, nos anos 90 repetia-se o modelo dos espaços de radiodifusão restritos,
dedicados apenas a um pequeno grupo de eleitos. E, no fundo, pouco importaria a
diferença entre um período e o outro, ou seja, à luz das mais recentes
novidades tecnológicas, pouco importaria o facto de estarmos perante sistemas
uni- ou bi-direccionais. O que chamar
então à nova era que se anuncia, onde a interactividade parece ser justamente
algo plenamente partilhado, desde que acedido via simples protocolo IP? No Milia' 98, esta era, por assim dizer, a
questão fulcral. Findo o estado de graça do off-line, e tratando-se de assestar
baterias na direcção do on-line, da Internet e dos híbridos ao nível do
«intercast», do «webcast», etc., a questão era mesmo confirmar o chamado «ponto
de inflexão» da indústria (já não há nome que realize o conceito) e imaginar a
leveza e o carácter amigável dos novos interfaces interactivos, onde a World
Wide Web terá «o» lugar à parte.
Para quem comercializa netboxes, ou net-tv's, compreende-se que se pense ao
contrário, isto é, que a TV se poderá apropriar em definitivo da rede das
redes. Mas, convenhamos, é uma aposta arriscada. E o facto é que o próprio cabo
pode cair em desuso face à resposta do satélite e dos serviços do tipo
Astra-Net, que inclusivamente apresentarão dentro de um ano a possibilidade do
retorno interactivo de alto débito
Mas se quiséssemos ser realmente cínicos, diríamos, como Séguéla, que o
media do próximo milénio será… a televisão.
Convém alertar para o facto de a televisão se ter associado ao satélite
para fornecer… Internet, aproveitando justamente os atrasos da Net em se tornar
um media global em rede de alto débito, ou mesmo em RDIS, MMDS, DSL, via
cable-modems, etc. Mas a TV também já fornece serviços interactivos, jogos,
galerias comerciais de telecompras, isto através de outras alianças
tecnológicas e de outros «gadgets» não menos informatizados que o próprio
computador.
A palavra mágica da nova televisão pode ser: «desdobramento». Desdobramento
multi-suporte de conteúdos e programas, on e off-line. Dentro de poucos anos a
televisão será de facto digital, e o que isso significa é que se vai evoluir de
um paradigma de fluxo, para um broadcast de stock e para o webcasting. Os
programas deixarão de obedecer ao espartilho da «grelha» e passarão a ser
«declinados» sobre uma diversificadíssima gama de suportes, por sua vez
conectados a um banco de programas percorrido por agentes inteligentes que
organizam e direccionam os conteúdos em função do perfil do assinante.
O que é facto é que a Internet TV (casamento de net «data» com programas de TV) já aí está e em força, de
facto: seja através da Web TV (Microsoft), seja com o NetChannel (Oracle), a
@Home Network, a World Gate, Open TV ou Wink, todos centrados nos EUA
(Califórnia) e também no Japão (Web TV) e no Reino Unido (Open TV) . E segundo
as previsões, no final do século os EUA terão 1 milhão de assinantes da Web TV
e chegará aos 14,7 milhões em 2002!. Tecnicamente também estão ultrapassados os
problemas de webcasting picture in picture, sendo agora possível seguir em
simultâneo a Web e a TV, embora o download lento de informação quando associada
a imagens de TV possa prejudicar o modelo.
O complexo dispositivo interactivo, ao suspender a velha lógica audiovisual
e mass-mediática, deixa também emergir progressivamente o fim da noção de
receptor passivo. Há que não perder de vista, como tenho afirmado - e insisto
-, que o grau de interactividade do dispositivo tecnológico e comercial não
equivale a um nível correspondente de democratização do meio em si (e do
conceito, em termos genéricos) - seja ele (o meio) a Internet, o Cabo ou o
Satélite. A questão é que ao mito da
interactividade plena, corresponde, em geral, ainda, o modelo das
representações sociais e de consumo da era industrial. O maior risco é que uma nova lógica
comercial se instale nesses novos sistemas, ao mesmo tempo que cria a ideia de
uma democratização pelos media e, portanto, o risco de todos os riscos é inevitavelmente
que esse modelo seja a metáfora da própria vivência democrática.
Neste final de século, as tecnologias da comunicação são claramente um
factor de mudança social, o que significa que as sociedades desenvolvidas de
fim de século caminham para um novo tipo de relações interpessoais, se começam
a reger por novos códigos de conduta e evoluem para um novo tipo de experiência
social e política. Face à crise do sistema de representação clássico, um novo
sistema começa a ganhar corpo marcado pela procura das identidades, dos
particularismos, da diferença pós-biológica e da «cyberception». Uma procura
que é comum à necessidade de progressiva autonomia do sujeito moderno e
simultaneamente da sua experiência participativa na era do transpolítico.
As possibilidades «multicast» e biunívocas desta nova era fazem da convergência entre sectores a razão da
abertura ao objectivo matricial dos diferentes modos de produção/difusão de
imagens. E a verdade é que também as
próprias normas técnicas de produção/difusão deixam já antever o aprofundar de
um primeiro nível de interconexão entre processos de comunicação e práticas
híbridas. O dispositivo comunicacional
de fim de século está assim fortemente marcado por um novo campo
hipermediático, um novo campo de mediação que é cada vez mais um novo
espaço-tempo onde real e virtual interagem entre si, repondo de uma nova forma
a questão do político, e evidenciando novas microfísicas, novos processos de
enunciação, disseminados pelas tecnologias «transpessoais», pelos cybermedia e
pelas redes globais. Como dizia Roy
Ascott, «ciberception not only implies a new body and a new consciousness but a
redefenition of how we might live together in the interspace between the
virtual and the real». As novas navegações interactivas serão, assim, uma nova libertação face à
lógica unívoca do sistema mediático ainda predominante. Mas não se poderão, de todo, confundir com
ele.
* Do livro Desafios dos Novos Media, Editorial Notícias, 1999
Em Desafios dos
Novos Media, publicado pela Editorial Notícias em Maio de 1999, Francisco
Rui Cádima propõe ao leitor uma reflexão sobre os actuais contextos
comunicacionais emergentes no dealbar do novo milénio, na transição dos media
clássicos para os novos media. Tratando-se
de uma temática de ruptura no âmbito societal, de um verdadeiro ponto de
inflexão civilizacional, não tanto nos valores, mas sobretudo no vínculo social
e cultural e na autonomização comunicacional e política dos indivíduos, Desafios dos Novos Media constitui assim
uma obra que através de um olhar retrospectivo e de uma visão prospectiva,
contribui para o possível reposicionamento da esfera pública no novo contexto
simbólico, tecnológico e político. Significa isto, de acordo com o autor, que,
antes de os homens se tornarem, no novo milénio, «deuses, ou máquinas»,
dever-se-ão tornar, antes de mais, actores participativos, solidários, de uma
democracia delimitada pelo comunicacional, tendencialmente cybermedia, a qual introduzirá, previsivelmente, um novo
dispositivo historico-cultural e uma nova ordem política mundial a médio prazo.
Outros temas abordados nesta obra:
1.
O Novo Media é o Homem
2.
A Comunicação
Social, a «Glocalização» e os Novos Media em Portugal
2.1.
Local vs. Global
2.2.
Os Meios de
Comunicação Social - Fabulação, Iliteracia & Serviços
2.3.
Novos Media e
Novos Serviços num País Periférico
3.
Crises e Crítica
do Audiovisual
3.1.
Televisão: Saber
Democratizado ou Divertimento Sem Qualidade?
3.2.
Cinema, Público e
Televisão
3.3.
Ficções em Série
4.
A Sociedade de
Informação: dos Conteúdos às Redes
4.1.
A Convergência de
Sectores, a Liberalização e a Sociedade de Informação - uma Perspectiva
Socio-cultural
4.2.
Redes à Beira de
um Ataque de Conteúdos
5.
Portugal e os
Desafios da Comunicação Social e da Sociedade de Informação
5.1. O
Audiovisual e a Convergência de Sectores
5.2. A
Comunicação Social e a Sociedade da Informação
5.3. A indústria de Conteúdos e a Sociedade de
Informação
5.4. O Desenvolvimento da Sociedade da Informação e a
Educação
5.5. O Estado, a
Comunicação Social e a Sociedade de
Informação